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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Agricultores de Juruena aprendem a fazer macarrão de castanha do Brasil



A castanha do Brasil é rica em vitaminas, ótima fonte de fibras e a maior fonte natural de Selênio. Por isso seu consumo é recomendado tanto em amêndoas como também no preparo de alimentos. Pensando nisso o projeto Poço de Carbono Juruena, executado pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – ADERJUR com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, promoveu um curso sobre produção de macarrão enriquecido com a castanha.

Realizado entre os dias 14 e 18 de novembro no Assentamento Vale do Amanhecer em Juruena, noroeste de Mato Grosso, o curso beneficiou cerca de 70 pessoas. A nutricionista Antonella Martoneto, especialista em produção de alimentos, ministrou o curso e apresentou boas práticas de higiene e manipulação dos alimentos, além do próprio preparo do macarrão. “A higiene pessoal e do ambiente onde ficam os ingredientes são fundamentais para evitar qualquer tipo de contaminação dos alimentos”, explicou a nutricionista.

Para a produção do macarrão é utilizada a farinha da castanha do Brasil, obtida após a extração do óleo. No assentamento funciona a Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (COOPAVAM) que produz esse óleo e por isso a farinha é facilmente encontrada no município.

“Uma grande vantagem em se utilizar a farinha da castanha para produzir o macarrão é que ela tem pouquíssimo óleo, mas é fonte de fibras e vitaminas, ou seja, é um alimento light e muito saboroso”, complementou Antonella. De acordo com ela, as pessoas que fizeram o curso gostaram tanto do sabor do macarrão que já encomendaram a farinha para fazerem em casa, para suas famílias.

Um dos objetivos deste trabalho é conscientizar a população local sobre o valor que tem a floresta. Fato já comprovado pela Coopavam, nos últimos quatro anos, com a geração de emprego e renda para mais de 1000 pessoas, desde as comunidades mais distantes, que coletam a fruta na floresta, até as mulheres que trabalham no beneficiamento dentro da fábrica. Extrativistas têm conseguido uma remuneração que alcançou até R$ 300,00 por dia com a coleta da castanha. A meta agora é atingir o mercado nacional com a oportunidade que a COOPAVAM conquistou através do Projeto Talentos do Brasil Rural, que vai abrir mercado para os derivados da castanha nas 12 cidades sede da Copa do Mundo de Futebol.

Associação de Mulheres

Além dos moradores do assentamento, o macarrão de castanha será mais um produto ofertado pela Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (AMCA), que também funciona no assentamento e produz um biscoito com a amêndoa, comercializado principalmente para a Conab através do seu Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Este produto é distribuído em escolas públicas da região Noroeste de Mato Grosso. Por este trabalho, a AMCA, que tem cerca de 120 associadas, foi premiada no ano passado com o Prêmio de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil.

Além do doce, farinha, azeite e biscoitos, o macarrão de castanha produzido pela Associação será mais um dos produtos que estarão na VIII Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil Rural Contemporâneo 2012, que acontece no Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 21 e 25 de novembro.


André Alves
Assessoria


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