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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Estado tem mais de 3,7 mil áreas embargadas

Mato Grosso possui 3.769 áreas embargadas devido à prática de ilícitos ambientais e, devido ao montante, é considerado o segundo estado brasileiro com a maior quantidade de termos de embargo emitidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). O relatório é atualizado diariamente e constam apenas os espaços rurais que ainda não tiveram processo julgado. Fazem parte da lista propriedades rurais de inúmeros municípios do Estado e de extensões variadas, porém o maior número de registros compreende as regiões Norte, Nordeste e Noroeste, como em Colniza, Querência, Gaúcha do Norte Nova Monte Verde, Cotriguaçu e outros. As áreas embargadas também vão desde pequenos lotes até grandes propriedades rurais. A lista começou a ser elaborada pelo Ibama no ano de 2006 e desde a época o Estado já integrava os relatórios do órgão. Nacionalmente, o estado que lidera o ranking prejudicial ao meio ambiente é o Pará, que já contabiliza 4.324 áreas que foram embargadas após fiscalizações e denúncias.

Conforme consta legislação ambiental, o embargo é considerado uma sanção administrativa e/ou medida administrativa cautelar que tem a finalidade de proporcionar a regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área degradada. A superintendente do Ibama em Mato Grosso,
Cibele Madalena Xavier Ribeiro, destaca ainda que o embargo é consequência da falta de licenças ambientais por parte do proprietário da área ou produtor, ou por ocorrências de crimes ambientais. Em Mato Grosso, os delitos mais frequentes são queimadas e desmatamento, que acarretam na degradação do espaço ambiental. "A extração seletiva de madeira, seguida do fogo, são os casos mais registrados em Mato Grosso. Há também embargos decorrentes do desmatamento classificado como corte raso de madeira, ou ainda por meio de correntões, porém são delitos que estão sendo menos verificados no Estado nos últimos anos". Ela in- forma que as licenças ambientais devem ser emitidas pelos órgãos estaduais competentes. Em Mato Grosso, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) é responsável pela emissão destes documentos, como também pela fiscalização.

Cibele Ribeiro reforça que todas as extensões embargadas não podem ser utilizadas até o momento em que a situação seja revertida. A suspensão dos efeitos do embargo acontece apenas quando o proprietário apresenta documentos legais comprovando que o dano ambiental deixou de ser cometido no local e que a área está sendo reparada. Caso contrário, o embargo é mantido, além de multas que chegam a ser aplicadas. Os valores são variáveis e aplicados de acordo com o crime cometido e também por sua extensão. Nos casos de desmatamento de área de reserva legal, por exemplo, a multa pode variar de R$ 1 mil a R$ 5 mil por cada hectare degradado. "Caso haja utilização do fogo, é aumentado ainda metade do valor da multa para cada hectare, ou seja, se o proprietário foi multado em R$ 5 mil a cada hectare degradado e ainda utilizou fogo, se- rá acrescido mais R$ 2,5 mil, ou seja, para cada hectare a multa aplicada seria de R$ 7,5 mil".

A superintendente acredita que a quantidade de áreas embargadas em Mato Grosso se deve ainda à população acreditar que os crimes ambientais podem ser prescritos após determinado tempo, como também as multas serem anistiadas. A baixa procura pela regularização é outro fator que pode ser destacado como consequência.

Fonte: A Gazeta 

11 anos depois TCU condena ex prefeito a devolver dinheiro de ambulância no caso sanguessuga

O ex-prefeito de Lucas do Rio Verde Otaviano Pivetta (PDT), que tenta voltar ao comando do município nestas eleições, foi condenado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), em junho deste ano, a ressarcir os cofres públicos do município no valor de R$ 17,3 mil. Além disso, ele foi multado em R$ 10 mil.

O motivo da condenação e do ressarcimento foi a compra superfaturada, em 2001, no valor de R$ 110 mil, de um veículo para funcionar como Unidade Móvel de Saúde, com consultório médico e odontológico. De acordo com o TCU, houve superfaturamento de R$ 12,2 mil na compra do ônibus, e outros R$ 5,1 mil foram superfaturados no momento de equipar o veículo.

O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, envolvido no escândalo que ficou conhecido nacionalmente como “Máfia dos Sanguessugas”, de supostos desvios de recursos da Saúde em vários estados do Brasil, foi condenado no mesmo processo, junto com Pivetta.

Vedoin foi condenado a pagar os mesmos valores que o atual candidato a prefeito de Lucas. A empresa Santa Maria Comércio Representações Ltda. também foi condenada a devolver R$ 12,2 mil e a pagar a multa de R$ 10 mil.

O valor de R$ 110 mil do convênio foi integralmente gasto, sendo R$ 56.950 na aquisição do ônibus, e R$ 53.050 para equipá-lo. As contas do convênio foram julgadas irregulares pelo TCU.

Superfaturamento

No relatório do TCU, o relator do processo, ministro Aroldo Cedraz, destacou que "não foi realizada a devida pesquisa de preços, e o valor pago foi acima do valor de mercado".

Ele ressaltou, também, que as licitações deveriam ter sido realizadas na modalidade Tomada de Preços, conforme previa o convênio, e não na modalidade Carta Convite, como foi feito.

A defesa de Pivetta alegou que os preços encontravam-se “dentro do que havia sido estipulado pelo Ministério da Saúde”.

O ministro, porém, afirmou que “o valor previsto no convênio é mera referência, tanto assim que o próprio termo de convênio [...] previa a restituição do saldo não utilizado”.

O TCU desconsiderou as alegações da defesa de Pivetta de que o superfaturamento não foi intencional (doloso).

“O débito apontado decorre de superfaturamento, e não de improbidade administrativa, devendo, pois, ser recomposto independentemente de o gestor ter agido com deliberada intenção de lesar o patrimônio público ou com falta de cuidado”, escreveu o ministro relator.

Outro lado

Ao ser contatado pelo MidiaNews, Otaviano Pivetta disse que ainda não havia sido notificado da decisão, e ressaltou que não foi responsável por qualquer superfaturamento.

O advogado de Pivetta, Paulo Taques, informou que já existe um recurso administrativo no TCU questionando a decisão, e que o ex-prefeito não pagará a multa antes que o recurso seja julgado. “Nós discordamos da decisão, porque tudo foi feito dentro da legalidade. Estamos aguardando o julgamento desse recurso”, disse.

Taques destacou que as contas desse convênio já haviam sido aprovadas pelo TCU, em 2002. “Porém, após o escândalo da Máfia dos Sanguessugas vir à tona, o órgão começou a rever todos os processos referentes a aquisição de veículos para a área de Saúde. Ao rever esse processo, o TCU constatou o sobrepreço por parte da empresa, e o Otaviano Pivetta foi incluído porque era prefeito na época da aquisição”, disse o advogado.

Ele garantiu, ainda, que a condenação não deixa Pivetta inelegível. “É uma condenação administrativa, que não faz menção a atos de improbidade ou qualquer outro crime. Desse modo, ela não preenche os requisitos da Lei da Ficha Limpa, e não influencia em nada a candidatura dele”, afirmou.

O advogado ressaltou, também, que a própria decisão do TCU afasta qualquer indício de fraude ou direcionamento por parte da prefeitura, cobrando apenas o ressarcimento do valor superfaturado.
 
Fonte: Mídia News

domingo, 16 de setembro de 2012

PMDB registra 2º maior quadro para prefeito; Juarez e Nilson favoritos

O PMDB do governador Silval Barbosa disputa o comando de 60 municípios, que compreendem um universo de 973,6 mil eleitores, 45,4% do eleitorado mato-grossense. A maioria tem menos de 10 mil habitantes. Em número de cabeças-de-chapa, o PMDB só perde para o PSD, que registra 78. As maiores chances de êxito nas urnas nas cidades pólos estão com o já prefeito Juarez Costa, líder absoluto na corrida à reeleição em Sinop, e o deputado estadual Nilson Santos, que também impõe frente "elástica" em Colíder. Em outros grandes pólos candidatos peemedebistas estão no sufoco, como Walace Guimarães (Várzea Grande), Chicão Bedin (Sorriso), Fábio Junqueira (Tangará da Serra), Adalto de Freitas (Barra do Garças) e Francis Maris (Cáceres). Em Cuiabá e Rondonópolis o PMDB entrou apenas como coadjuvante, com as candidaturas de vice do advogado Francisco Faiad e da jornalista Valéria Belivacqua, respectivamente.

O Blog do Romilson está publicando uma série de matérias sobre o tamanho dos partidos e como está a participação destes no pleito deste ano e qual universo de eleitores de cada sigla. Todo o conteúdo está disponível na editoria "Partidos e os Candidatos à Prefeitura em 2012", no alto da página, do lado esquerdo.
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    Veja
aqui quem são os candidatos majoritários do PR
    Saiba
aqui onde o PT disputa eleição para prefeito
    Confira
aqui quais os municípios onde o PSD disputa
    Fique por dentro
aqui sobre os nomes do PPS
    E onde o PSB concorre à sucessão municipal -
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Nos municípios vizinhos e situados no Médio-Norte, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, os candidatos do PMDB, respectivamente, prefeito Lírio Lautensclager e Rogério Ferrarin, aparecem com certa vantagem nas intenções de voto, mas também enfrentam páreo duro com os irmãos Adriano e Otaviano Pivetta. Em Alta Floresta, o médico Asiel Bezerra tem chances reais de vitória contra a petista Lucimara Brunetto. A legenda peemedebista aposta todas as fichas também no empresário Antonio Ribeiro Torres (ex-PSB), que concorre de novo em Barão de Melgaço e contra o prefeito Marcelo Ribeiro (PSD). Em Campo Verde, o peemedebista Luiz Gabriel enfrenta uma eleição "apertada".
   
O PMDB conduzido pelo também cacique Carlos Bezerra representa hoje a terceira maior força, considerando o quadro de prefeitos e ocupação de cargos eletivos nos legislativos municipais e estadual. Está à frente de 18 prefeituras. Por causa da chegada do PSD, que se tornou o maior com 50 prefeituras, o PMDB ficou sem dois gestores e ainda perdeu com a cassação de Zé do Pátio, de Rondonópolis, mas acabou recebendo algumas adesões por causa da perspectiva de poder, afinal o partido comanda um Estado que detém orçamento anual de R$ 12 bilhões.
   
Em Vila Rica, o peemedebista Abmael Borges da Silva acabou renunciando. Os candidatos do PMDB na disputa a prefeito são Asiel Bezerra (Alta Floresta), Leuzipe Domingues (Alto da Boa Vista), Adair José Alves (Alto Paraguai), Adalto José Zago (Apiacás), Pedro Pascoal (Araguaiana), Sidney Pires Salomé (Araputanga), Ednilson Luiz (Aripuanã), Antonio Ribeiro Torres (Barão de Melgaço), Adalto de Freitas, o Daltinho (Barra do Garças), Sebastião Roberto (Brasnorte), Francis Maris (Cáceres), Mauro Valter (Campo Novo do Parecis), Luiz Gabriel (Campo Verde), Jackson Rogério (Campos de Júlio), Vilmar Giachine (Cláudia), Nilson dos Santos (Colíder), João Assis (Colniza), Rosângela Aparecida (Cotriguaçu), Israel Antunes (Denise), Mercidio Panosso (Guarantã do Norte), Fernando Ferreira (Guiratinga), Vicente Carlos (Itanhangá), Rosane Massaro (Itauba), Hermes Lourenço (Juína), Cicílio Rosa Neto (Juruena) e Moisés dos Santos (Juscimeira).
   
Também são cabeças-de-chapa os peemdebistas Rogério Ferrarin (Lucas do Rio Verde), Parassu de Souza (Luciara), Valter Miotto (Matupá), Jeferson Luiz Fernandes (Mirassol D´Oeste), Maria Aparecida (Nossa Senhora do Livramento), Valdir Pereira (Nova Bandeirantes), Sérgio Benetti (Nova Brasilândia), Vicente Gerotto (Nova Canaã do Norte), Arion Silveira (Nova Monte Verde), Lírio Lautensclager (Nova Mutum), Terezinha Guedes (Nova Santa Helena), Valdenir dos Santos (Nova Ubiratã), Martinho Philippsen (Novo Mundo), Eduardo Penno (Novo Santo Antonio), Antonio Domingos (Paranaíta), Juvenal Pereira Brito (Pedra Preta) e Angelina Benedita (Planalto da Serra).
   
Completam a lista de candidatos a prefeito pelo PMDB Carlos Silva (Pontal do Araguaia), Mauro André (Porto Estrela), Gilmar Reinoldo (Querência), Jairo Manfroi (Reserva do Cabaçal), Patrícia Fernandes (Ribeirão Cascalheira), Aristides Rodrigues (Salto do Céu), Moacir Abreu (Santa Terezinha), Wilson Batista (Santo Antonio do Leste), Mariza Geraldina de Souza (São José do Rio Claro), Jerônimo da Costa (São José do Xingu), Jena Carlo Galli (Sapezal), Juarez Costa (Sinop), Chicão Bedin (Sorriso), Fábio Junqueira (Tangará da Serra), Ildo Ribeiro (União do Sul), Adão dos Santos (Vale São Domingos) e Walace Guimarães (Várzea Grande).

Fonte: Romilson Dourado