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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Expedição Guerreiros da Selva de Cotriguaçu atravessa zona de conflito no Amazonas


A expedição Guerreiros da Selva, que partiu de Cotriguaçu, noroeste do estado de Mato Grosso, no dia 19 de Dezembro, já percorreu 3.700 km, passando pelos Estados do Pará, Amazonas e Rondônia; Segundo Mauro Zanovello, que manteve contato com o CotriOnline, tudo ocorreu dentro do esperado; muita chuva e todo tipo de estrada até o momento tem marcado a expedição.
 
A parte mais tensa de toda a viagem, segundo Gezos Martins, foi à passagem pela zona de conflito entre a população local e os indígenas, no sul do Amazonas; Em conversa com moradores de Apuí e de Santo Antonio do Matupi (Distrito de Manicoré), se percebe que existe uma revolta da população com a conduta dos indígenas, que cobram ‘’pedágio’’, para que os motoristas que passam pela Rodovia (BR 230 - Transamazônica) ao longo da terra Indígena e que a suspeita de envolvimento dos indígenas no desaparecimento das três pessoas foi apenas o estopim que desencadeou toda a revolta da população, que ateou fogo na FUNAI e na CASAI de Humaitá e num barco dos indígenas.
 
Em Nota pública divulgada no último dia 28, a OPAN (Operação Amazônia Nativa) nega que há a participação de Indigenas no desaparecimento de três homens. Em outro ponto da nota, a OPAN diz que "Humaitá é terra de gente honesta e trabalhadora, mas infelizmente parte da população está sendo manipulada de forma vil".
 
Zanovello disse que não tiveram contato com os indígenas e que estavam na região, segundo relatos, mais de 400 homens do Exército, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional.
 
Após passarem pela zona de conflito, seguiram pela Rodovia do Estanho, entre Amazonas e Mato Grosso; foram 200 km de estrada abandonada, passando por Terras Indígenas e alguns Parques.
 
Mauro disse que a impressão que se tem, após conversa com moradores da região, é que a região se tornará uma zona de conflito permanente, se o poder público não fizer uma intervenção na região, pois a relação da população com os indígenas a tempos não é das melhores e com os últimos acontecimentos, a tensão na região tende a se acentuar.
 
A expedição retornará para Cotriguaçu, no início deste ano.


 
 
 

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