O horário de verão entra em vigor a partir da zero hora de domingo (21) nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil. Mas desde 2007 tramita na Câmara Federal um projeto de Lei (397/1997) que acaba com a regra em todas as regiões do país. A proposta é de autoria do deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC) e tramita na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados.
Segundo ele, para comprovar a ineficácia do horário de verão, basta verificar as faturas de energia elétrica e ver o quanto as pessoas gastam a mais neste período. “Não há estatística que justifique que o horário de verão traga ganhos para os consumidores e para o país", justifica.
O autor da proposta afirma que não há redução do consumo de energia, mas sim reflexos negativos no organismo. “Todos os anos a situação se repete. Inicia o horário de verão e são inúmeras as manifestações de prejuízos à saúde e à rotina”, lembra.
Segundo o autor do projeto, as bruscas alterações de horário ocasionam distúrbios orgânicos traduzidos pela ocorrência de fadiga, dores de cabeça, confusão de raciocínio, irritabilidade, constipação e queda da imunidade. "Tal quadro é conhecido na medicina como síndrome de jet lag, cuja consequência mais grave é a afetação hormonal que se manifesta, principalmente, em crianças e pessoas de idade mais avançada”, destaca.
Conforme o parlamentar, os mais prejudicados são os trabalhadores rurais e aqueles que necessitam acordar de madrugada para trabalhar. “O desconforto que a adoção deste horário acarreta, principalmente em latitudes mais baixas, é experimentado por todos que são obrigados a acordar mais cedo, incluindo as crianças que alteram sua rotina de acordar para ir à escola”, justifica.
O deputado defende que uma das medidas que podem solucionar o alto consumo de energia é o desenvolvimento de ações permanentes do governo que possam orientar e educar a população brasileira sobre o uso consciente de energia nos horários de ponta, das 18h30 às 21h30.
Outra opção seria um plebiscito para saber se a população quer ou não manter o horário de verão. O novo horário segue até o dia 16 de fevereiro de 2013.
O médico Guilherme Honório Moreira, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em recente pesquisa comentada pelo deputado, constata em uma pesquisa que uma hora a menos no nosso sono pode causar aumento do número de mortes nas estradas, piorar o controle do diabetes mellitus, diminuir o rendimento escolar, aumentar o erro profissional, além de tentar uma adaptação que nunca ocorre.
"Está claro na pesquisa que quem paga a conta dessa medida é o Sistema Único de Saúde (SUS) e a população", revela o deputado.
Fonte: De Brasília - Vinícius Tavares
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