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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Simno e parcerias se mobilizam para ação emergencial na MT-183 em Juína

O volume tão expressivo de água que têm caído na região Noroeste nos últimos dias tem se tornado bastante preocupante somado à falta de manutenção nessas estradas, o que resultou no caos total nas últimas duas semanas. Por isso, representantes do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste (Simno), juntamente com o prefeito de Juína, Hermes Bergamim (PMDB), Câmara de Vereadores, Associação Comercial e Empresarial (Ascom), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato Rural, e de empresas de transportes rodoviários e de cargas em geral, além de empresários se reuniram, na última quarta-feira (13), na sede do Simno, para discutir e encontrar uma solução emergencial para a MT-183 (estrada que liga Juína à cidade de Aripuanã) e que, nesse momento, possui três grandes atoleiros em um trecho de 60 km.

Em razão desse grave problema, durante a reunião, foi criada uma comissão composta por empresários dos diversos setores, que se encarregará de arrecadar fundos para essa ação emergencial, que, a princípio, fará a retirada dos veículos, esgotará a água da estrada com drenos e cascalhará nos pontos mais problemáticos, permitindo a passagem.

Ainda durante a reunião, foi arrecadado dos presentes quase R$ 30 mil entre dinheiro, combustível e hora de máquina para realizar a ação de socorro emergencial. O prefeito se comprometeu a doar de seu patrimônio pessoal um trator de esteira (cerca de 50 horas), e uma escavadeira com R$ 100,00 a hora. O Grupo Pasqualotto também doará uma pá carregadeira, mas faltam caminhões caçamba e caberá à comissão fazer a locação.
O presidente do Simno, Roberto Rios, expôs os sérios problemas que o setor tem enfrentado por conta da falta de estradas em condições de tráfego, já que toda a produção necessita desse meio de acesso para ser escoada. O presidente da CDL, Roque Périus, enfatizou que é preciso nesse momento unir forças.Porém, foi enfático ao dizer que isso é responsabilidade do Governo do Estado e a sociedade civil não pode "pagar a conta".

"Desde 2004 não víamos tanta chuva, não podemos fazer nada definitivo enquanto as chuvas não passarem. Vamos fazer esse trabalho paliativo e sensibilizar o governo quanto às outras estradas, como a de Juruena e a de Colniza (MT 206) que também se encontram interditadas", cobrou o prefeito.
O prefeito revelou que atualmente a prefeitura não tem condições de assumir esse problema, até porque não tem maquinário suficiente para enviar para a estrada, uma vez que todos estão comprometidos com o mutirão de limpeza de combate à dengue nos bairros. O gestor municipal disse ainda que a extensão territorial do município de Juína é muito grande. Sendo assim, não consegue atender nem mesmo as estradas vicinais de uma só vez, muito menos uma estrada estadualizada. Contudo, salientou que, nesse momento, é preciso unir forças dos diversos segmentos e definir uma ação rápida e emergencial. "Precisamos colocar a mão no bolso e ajudar", disse.

Antes do problema

Hermes informou que, por diversas vezes, foi à Cuiabá em busca de recursos, mas, a muito custo, conseguiu apenas cinco mil litros de óleo diesel, que foi todo utilizado pela prefeitura na própria linha 05 (MT-183). Porém, não foi o suficiente. "Os pontos que receberam o cascalhamento não tiveram problemas, mas surgiram outros", revelou.


No percurso que liga Juína ao distrito de Filadélfia (aproximadamente 60 km) há, pelo menos, três atoleiros que impedem a passagem de caminhões, carretas, caminhonetes e utilitários. Até mulheres e crianças estão nesses locais à espera de auxílio. Estão sem comida e água, dependendo da solidariedade de sitiantes e fazendeiros da região.


Somente em Aripuanã há uma fila com mais de 30 carretas paradas, esperando uma atitude dos governos. "Enquanto essa ação não vem temos que nos mobilizar e ajudar, assim como fizemos em várias situações passadas", enfatizou o presidente do Simno.


Buscando solução

A ideia agora é reunir prefeitos, vereadores e empresários de toda a região noroeste e ir, novamente, até Cuiabá em busca de uma ação por parte do Governo, mostrando a real situação e o sofrimento que a população dessas cidades passa, inclusive com o risco iminente de desabastecimento de alimentos e combustíveis. Alguns municípios afetados já decretaram estado de emergência, como Castanheira e Cotriguaçú, e outros devem seguir o mesmo procedimento.


Um documento elaborado pelo Simno e pelas demais entidades envolvidas será enviado, via Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), ao Governo do Estado cobrando melhorias. A Câmara de Vereadores acionará os deputados sobre o esquecimento da região noroeste. "O governo só lembra da Copa do Mundo, onde Cuiabá terá apenas três jogos, e esquecendo a nossa região", disse o presidente da Câmara, Paulo Roberto Tiepo (Paulão), que disparou: "Nem mesmo sua equipe ele (Silval) envia para cá pra ver a real situação, isso é uma vergonha", desabafou o líder do poder legislativo.


Fonte: Assessoria de imprensa SIMNO

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