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quinta-feira, 7 de março de 2013

Juruena - Agricultores aprendem novas técnicas de cultivo



Uma parceria entre o projeto Poço de Carbono Juruena e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) está capacitando agricultores do município de Juruena, a 830 km de Cuiabá, no Noroeste de Mato Grosso. O objetivo é levar novas opções de cultivos para os agricultores que participam do projeto para diversificar a produção.
 
 
Nas últimas semanas agricultores fizeram os cursos de Cultivo de Abacaxi e Manejo e Tratos Culturais de Maracujá, de 40 horas cada. Além de 22 agricultores, também participou a equipe técnica do projeto Poço de Carbono Juruena, desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena e patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental. O objetivo é que eles atuem como multiplicadores, compartilhando as técnicas com outros agricultores.
 
 
Durante o curso, realizado no Sindicato Rural do município os participantes tiveram acesso as informações sobre manejo e controle de formigas nas culturas, medidas adequadas para o uso de agrotóxico, manejo da propriedade e a importância da fruticultura. Sobre o plantio do abacaxi, aprenderam como proceder a escolha da área para plantio; espaçamento e demarcação, seleção de mudas, plantio da muda no campo, manejo do plantio, colheita e comercialização, entre outros assuntos.
 
 
Na semana anterior, o curso foi sobre Manejo e Tratos Culturais de Maracujá. Os agricultores aprenderam a escolher a melhor área para o plantio da frutífera, bem como o espaçamento, adubação e seleção das mudas, formação de viveiros e tratos culturais específicos.
 
 
Para o coordenador de campo do projeto Poço de Carbono Juruena, Jessé Lopes Carvalho, existe uma grande necessidade de produção de frutas para atender a demanda dos mercados locais e regionais. “A realização destes cursos é de suma importância para os agricultores, pois eles acessam conhecimentos técnicos de diferentes cultivos, podendo melhorar e diversificar a produção em suas propriedades, que é um dos objetivos do projeto”, explica.
 
 
Saiba mais sobre o projeto

 
O projeto Poço de Carbono Juruena teve início em janeiro de 2010 e além de envolver mais de 260 famílias no município de Juruena tem a meta de plantar 1.5 milhão e quinhentas mil mudas de espécies frutíferas e florestais. A adesão dos agricultores ao projeto é espontânea e vem aumentando com os resultados obtidos pelas famílias que já participam. Além das mudas, os agricultores recebem orientação técnica, capacitações e participam de intercâmbios em outras experiências consolidadas na região. Outro importante trabalho relacionado à redução de emissões de carbono vem sendo realizado pelo projeto através do uso de uma serraria portátil, que aproveita a madeira desvitalizada. 
 
 
Além da formação dos sistemas agroflorestais, o projeto incentiva também a Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam) e a Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (AMCA), que trabalham com a castanha-do-Brasil e seus derivados, como biscoito, macarrão, farinha, doce e azeite de castanha. Para garantir a sustentabilidade, os técnicos do projeto ajudam a viabilizar projetos com instituições como a CONAB, que atualmente é a principal parceira desta iniciativa, e que adquire parte da produção e doa para a merenda escolar dos municípios da região Noroeste por meio do Programa de Aquisição de Alimentos. Além disso, empresas como a Natura Cosméticos também fazem parte desta iniciativa. Parcerias com povos indígenas como os Apiaká, Caiaby, Munduruku e os Cinta-Larga também foram estabelecidas a fim de garantir o estoque do produto e criar alternativas de renda a esses povos. O objetivo final deste trabalho é garantir a conservação da floresta, através da valorização de produtos florestais não madeireiros e do uso múltiplo dessas áreas.
 
 
Paralelo a essas atividades são realizadas ações de Educação Ambiental envolvendo as escolas municipais e estadual, interagindo com alunos e professores e incentivando a pesquisa, atividades práticas e extracurriculares.
 
Fonte: André Alves

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