De acordo com presidente do Indea, Valney Souza Côrrea, um foco da doença traria inúmeros prejuízos a toda cadeia produtiva da pecuária e mancharia a imagem do Estado e do país, por isso tem que ser evitado. “O nosso trabalho é garantir a sanidade do do rebanho no Estado, por isso fazemos questão de acompanhar todo o processo de perto e imunizar 100% desses animais em todas as regiões”. Mato Grosso possui o maior rebanho bovino do país, com mais de 28 milhões de cabeças, daí o interesse do governo em manter o Estado livre da aftosa. Isso porque já são 15 anos sem essa doença, trabalho que é fruto da parceria com as instituições públicas e privadas, sindicatos e fundamentalmente, com a conscientização e ótimo trabalho feito pelos pecuaristas. O proprietário da fazenda Telles Pires, Edras Soares, é um dos que fazem a sua parte para manter o Estado livre dessa doença. Segundo ele, além de trabalhar na imunização de todo o seu rebanho, ele atua junto aos outros pecuaristas da região para que todos trabalhem da forma correta.
Durante esta semana 18 equipes de servidores do Indea, compostas por médicos veterinários e técnicos, estão visitando todas as 844 propriedades localizadas na região de fronteira, que têm 330 mil cabeças de gado. O objetivo é fazer uma notificação e o agendamento para que essas propriedades realizem a vacinação assistida, já que em função da proximidade com o país vizinho, a vacinação deve ser realizada pelos técnicos do Indea ou na presença deles. O Estado possui 780 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia, dos quais 15 quilômetros são vigiados para que o vírus da aftosa não transite em ambos os territórios. Os municípios onde acontecem campanha, são: Cáceres, com 232 propriedades a serem visitadas; Porto Espiridião, com 89 propriedades; e Vila Bela de Santíssima Trindade, com 526.
Na avaliação de Valney Corrêa, apesar dos avanços no combate à febre aftosa nos últimos anos, ainda persistem territórios da América do Sul onde a infecção circula de forma endêmica. O que torna vulnerável todos os países sul-americanos, colocando em risco um esforço realizado durante décadas pelos programas oficiais de luta contra a febre aftosa pelos integrantes da cadeia de produção de carne. Tanto é que no mês de setembro deste ano autoridades paraguaias confirmaram foco de febre aftosa em uma fazenda no Departamento de San Pedro, que fez aquele país suspender as exportações de carne. Na ocasião, cerca de 800 animais foram sacrificados, depois que o vírus da febre aftosa foi detectado em 13 cabeças de gado.
Mato Grosso é reconhecido como livre de febre aftosa, com vacinação, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Sendo que o rebanho total do Estado é de 28.695.273, o maior do país. A expectativa, é logo após o término desta campanha de vacinação o rebanho bovino do Estado ultrapasse 30 milhões.
Fonte: Secom-MT
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