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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Energia economizada no horário de verão é suficiente para abastecer Chapada por um ano

A redução no consumo de energia e na demanda de potência em Mato Grosso atingiram os índices esperados durante a 41ª edição do Horário de Verão, que termina no próximo domingo (26). A redução na demanda de potência no horário de ponta, que é o principal objetivo do Horário de Verão, chegou a 4,2%. De acordo com o gerente de Operação do Sistema da Cemat, Teomar Magri, o esperado pelo setor elétrico é um índice de 4 a 5%.
Já o consumo de energia caiu 0,9%, uma economia de 24.650 MWh, suficiente para abastecer um município como Chapada dos Guimarães por 13 meses. Teomar Magri explica que a redução esperada é de 0,5 a 1%. A redução do consumo se refere aos municípios atendidos pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), que são a grande maioria em Mato Grosso (99,8% da energia distribuída).
Quem não faz parte do SIN é atendido por usinas a diesel, no Sistema Isolado – em Mato Grosso, são apenas quatro usinas, cuja energia gerada e distribuída corresponde a 0,2% do total do Estado (municípios de Comodoro, Rondonlândia e distritos de Guariba e Paranorte). A economia no Sistema Isolado foi de 39,43 MWh, suficiente para atender ao município de Rondolândia por oito dias. O maior ganho no sistema isolado é ambiental, com a economia de quase 12 mil litros de diesel que deixaram de ser queimados nos 133 dias do horário de verão.
Os números referentes ao Sistema Isolado tiveram redução se comparados à edição 2010/2011 do horário de verão, quando a economia de energia no Sistema Isolado foi de 78,55 MWh, com 23,5 mil litros de diesel poupados. Essa redução ocorreu devido à desativação das usinas térmicas de Cotriguaçu, Juruena e Colniza, municípios que passaram a fazer parte do SIN entre 2010 e 2011 e que, antes, respondiam por mais da metade do Sistema Isolado.
O horário de verão foi criado com o objetivo de reduzir a demanda de energia elétrica no “horário de ponta” (18 às 21 horas), período do dia em que o consumo é mais intenso. O ajuste nos ponteiros dos relógios atrasa, por exemplo, o acionamento da iluminação pública, que deixa de coincidir com o horário de ponta. Além disso, percebem-se modificações nos hábitos da população, que pode aproveitar melhor a luz natural.
De acordo com Teomar Estevão Magri, a principal consequência do horário de verão é a diminuição do carregamento nas linhas de transmissão, subestações e sistemas de distribuição de energia, aliviando também a geração. “A diminuição da demanda de ponta permite ainda poupar a água dos reservatórios das hidrelétricas, que deverão estar bem abastecidas ao fim do horário de verão, quando se aproxima o período de seca”, explica o engenheiro.
Durante o horário de verão, o consumidor tem a oportunidade de repensar suas atitudes e hábitos relacionados ao consumo de energia elétrica. Segundo Teomar, para que o consumidor amplie suas possibilidades de economizar energia nesse período, é fundamental combinar a influência do horário de verão com outros fatores, especialmente hábitos racionais, uso de equipamentos eficientes que possuem o selo Procel e desenvolvimento de projetos inteligentes, no caso daqueles que pretendem construir ou reformar.

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