Lideranças do distrito de Ouro Branco do Sul, localizado a 110 km de Itiquira, na região Sul de Mato Grosso, receberam informações sobre o projeto de lei que regulamenta a Emenda Constitucional para os estados voltarem a ter autonomia para legislar sobre a criação de novos municípios.
Durante reunião nesta quinta-feira (8) com o presidente da Associação Mato-grossense de Áreas Emancipandas e Anexas (Amea), Nelson Salim, o vice-prefeito de Itiquira, Celso Dalastra (PV), o vereador Josenildo Alves Martins (PV), o presidente municipal do PV, Valdomiro Bueno e o presidente da Associação de Bairros, Elias Meira, debateram sobre a importância da aprovação do projeto no Congresso Nacional.
O vice-prefeito de Itiquira lembrou que a emancipação do distrito foi a principal bandeira de campanha da chapa vencedora. Por isso, mesmo antes de tomar posse, procuraram o presidente da Amea para buscar informações sobre o processo para a criação do município.“A criação do município de Ouro Branco do Sul é importante para a população da região, pois vai gerar emprego e renda. Existe uma espera de 30 anos pela independência do distrito”, afirmou Celso Dalastra.O vereador Josenildo Martins justificou que o distrito arrecada muito, mas o beneficiado é o município.
“Defendemos durante toda a campanha que Ouro Branco do Sul fosse emancipada. Queremos acompanhar este processo e somar nossos esforços para a aprovação deste projeto no Congresso Nacional, pois será importante para o desenvolvimento da localidade”, disse.
Segundo o presidente da Associação de Bairros, a luta pela emancipação é em função do esquecimento do distrito. “Ouro Branco do Sul sempre foi esquecida, com a criação do município, será possível melhorar a saúde, produção, estradas e atender a população com mais eficiência”, comentou.
Nelson Salim opinou que com a emancipação, Ouro Branco do Sul desenvolverá muito nos próximos dez anos. “Neste período, Ouro Branco do Sul será uma cidade como Campo Verde, Nova Mutum, pelo potencial que possui. O distrito é forte economicamente na soja, algodão e seringueira”, explicou o presidente da Amea.
EMANCIPAÇÃO – A votação do projeto de lei deveria ter acontecido no último dia 30. Porém, segundo Nelson Salim, foi adiada em função da apreciação da matéria que redistribui entre União, estados e municípios dos royalties do petróleo.
“Outras propostas importantes também estão à frente da avaliação sobre emancipação dos municípios, mas recebemos a confirmação que será votada ainda este ano. Vamos continuar acompanhando e defendendo que o Congresso Nacional tire o projeto do armário”, finalizou.Com atuação municipalista, o presidente da Assembleia da Legislativa de Mato Grosso-AL/MT, , deputado José Riva (PSD), idealizador da Amaea, garante que a emancipação contribui para o desenvolvimento das comunidades. “Todos os municípios criados registraram avanços. Por isso, criamos a associação para somar forças com o movimento nacional, para que os estados voltem a ter autonomia na criação de municípios”,lembra Riva.
Ao todo, existem 56 processos aguardando parecer pela emancipação, 20 deles são distritos mato-grossenses que reúnem condições favoráveis para serem emancipados. São eles:
Salto da Alegria, de Paranatinga; Capão Verde, de Alto Paraguai; Nova Fronteira, de Tabaporã; Nova Floresta, de Porto Alegre do Norte; Guariba, de Colniza; Nova União, de Cotriguaçu; Santa Clara do Monte Cristo, de Vila Bela; Rio Xingu, de Querência; União do Norte, de Peixoto de Azevedo; Espigão do Leste, São Félix do Araguaia; Novo Paraíso, de Ribeirão Cascalheira; Paranorte, de Juara; Boa Esperança do Norte, de Nova Ubitaran/Sorriso; Cardoso do Oeste, de Porto Esperidião; Santo Antônio da Fontoura, de São José do Xingu; Ouro Branco do Sul, de Itiquira; Conselvan, de Aripuanã; Japuranã, de Nova Bandeirantes; Veranópolis, de Confresa; e Brianorte, de Nova Maringá.
Autor: Kleverson Souza Assessoria da Presidência