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quinta-feira, 15 de março de 2012

Caravana da Sustentabilidade registra caos nas estradas do noroeste



”Para se ter uma ideia, a distância entre Juruena e Colniza (170 km), foram necessárias cerca de 7 horas de viagem com veículos traçados, quase o mesmo tempo gasto de Juína a capital (735 km)”.

A Caravana da Sustentabilidade que está percorrendo seis municípios da base florestal do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste (SIMNO) registra as péssimas condições que se encontram as rodovias da região. Dezenas de carretas carregadas estão estacionadas a espera de melhores condições climáticas para prosseguirem. Os motoristas afirmam que todo o ano os mesmos problemas se repetem, causando grandes prejuízos aos setores da pecuária, madeira entre outros.

O prefeito de Cotriguaçu Damião Carlos de Lima (Kiko), informou durante a reunião desta terça-feira (13) que tomará medidas emergenciais para amenizar as dificuldades. “Vamos fazer uma parceria com os empresários que tem maquinários e na próxima semana, começaremos um trabalho em todas as estradas, mesmo as estaduais já que o governo não faz, para oferecer trafegabilidade a quem precisa chegar ao nosso município”- adiantou.



Se não bastasse a precariedade nas estradas de terra, o asfalto que liga Juína a Brasnorte, também oferece risco ao tráfego diário, com enormes crateras que se abriram ao longo do trajeto de 160 quilômetros. São problemas assim, que estão sendo debatidos e registrados pela Caravana da Sustentabilidade que teve início no dia 12 de março, e se encerrará no dia 16 em Juína.

Nas discussões realizadas em cada cidade, representantes do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM), Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Serviço Social da Indústria (SESI) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), apresentam propostas e esclarecem o empresariado do setor madeireiro as recentes mudanças ambientais e tributárias.

“São dificuldades que o setor enfrenta ano após ano. Não se resolve nada e vai ficando cada vez pior. Quando a mão do governo cai, ela é pesada, infelizmente a velocidade que vem de lá para cá é muito grande e não é o que a gente vê daqui pra lá”- desabafou Cláudio Antonio de Barros, ex vice-presidente do sindicato.

Além da logística, os empresários queixam da morosidade da SEMA na liberação de manejos. “Nossa empresa, por exemplo, tem dois anos que não consegue a aprovação de um projeto de manejo que está sendo trabalhado há quase 20 anos”- lamentou o empresário de Juruena Apolinário Stuhler.

O presidente em exercício do CIPEM Geraldo Bento defende a criação de uma subsecretaria para tratar exclusivamente de assuntos ligados ao setor de Base Florestal. “Hoje a SEMA esta envolvida na agricultura, licenciamento de PCHs e demais demandas. Como entramos nos mesmos trâmites dos outros segmentos, a burocracia acaba no fim sendo maior e nós dependemos de safra no nosso setor. Não podemos esperar mais de seis meses em um processo, tem que ser no máximo noventa dias para ser liberado” – cobrou Bento.

A Caravana realiza nesta quinta-feira (15) os próximos encontros nos municípios de Colniza, às 9 horas da manhã, e Aripuanã às 19 horas, retornando na sexta-feira para Juína. O presidente do SIMNO Roberto Rios, mais uma vez destacou a importância do evento. “Queremos fortalecer nosso sindicato cada vez mais. Hoje somos o segundo no estado com mais de 137 empresas associadas e queremos atingir o primeiro lugar ainda nesta gestão” – finalizou.

Fonte: Assessoria


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