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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cidades de MT podem ficar sem vacinas por falta de transporte; escritório da regional Juína é afetado

Cerca de 20 municípios de Mato Grosso podem ficar de fora da campanha nacional de vacinação contra a gripe, que neste ano vai ser realizada entre 15 e 26 de abril, sendo dia 20 a data de mobilização nacional. Outras cidades, por exemplo, receberam apenas parte das vacinas. O motivo é a falta de veículos apropriados para a realização do transporte. A secretaria estadual de Saúde (SES) está sem carro frigorífico há quase dois meses, o que atrapalhou a logística de entrega.

Para recuperar o tempo e tentar entregar as vacinas no prazo, a gerência de imunização da SES recorreu a outros departamentos e secretarias estaduais para que fossem realocadas caminhonetes. “Temos problemas de frota, mas três veículos foram liberados e conseguimos resolver o problema de logística, porque sabemos da urgência”, explica o coordenador da Vigilância Epidemiológica do Estado, Sandro Neto.

As vacinas são enviadas aos escritórios regionais de Saúde, que são16 em todo o Estado. Contudo, até o fechamento desta reportagem três ainda não haviam recebido, sendo Juína, Juara e São Felix do Araguaia. Estes municípios são responsáveis por fazer a distribuição para cerca de 15 cidades.

Já Cáceres e Pontes e Lacerda receberam parte das vacinas, apenas o suficiente para que seja iniciada a campanha nacional. O período de vacinação vai até o final de maio. “A secretaria vai conseguir encaminhar todas as vacinas até dia 20, quando é o dia D [mobilização nacional]”, argumenta o coordenador.

As vacinas encaminhadas pelo Ministério da Saúde ao Estado ficam armazenadas em uma câmara fria, localizada na região do Coxipó, em Cuiabá. De lá, elas devem ser enviadas aos escritórios regionais em veículos frigoríficos. Apesar de as caminhonetes cedidas não serem apropriadas, Sandro garante que foi realizada uma “manobra” para que as vacinas não percam o efeito. Ele disse que caixas térmicas com gelo artificial são colocadas nos veículos com termômetros individuais para calcular o tempo de viagem.

“Se por eventualidade ocorrer problema no transporte a temperatura estará registrada, e se houver alteração é especificado no relatório e o lote fica em quarentena. Caso a vacina tiver sofrido algum dano de eficácia é descartado o lote”, explica o coordenador. A exigência do Ministério da Saúde é que as vacinas sejam transportadas com a temperatura entre 2º e 8º. “Fazemos o cálculo para que a vacina chegue ao destino com a temperatura interna da caixa dentro das normas”.

O coordenador assegura que a secretaria de Saúde está num processo de contratação de veículos para que este tipo de medicamento seja transportado. Ainda segundo ele, duas vans serão adquiridas. “Antes era um caminhão que realizava o transporte da rede de frios, mas as duas vans serão suficientes”.

Vacinação

Na campanha serão vacinados os integrantes do grupo prioritário, formado por pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, mulheres no período de até 45 dias após o parto (em puerpério), pessoas privadas de liberdade, profissionais de saúde, além dos doentes crônicos, que este ano terão o acesso ampliado a todos os postos de saúde e não apenas aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs).

Em Mato Grosso estão previstas 613.160 mil doses da vacina, e 559.963 mil pessoas se enquadram no perfil prioritário, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno passado (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).

Fonte: RD News

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