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terça-feira, 9 de abril de 2013

Irmã de deputado do PSD sai do governo Silval “atirando” e põe secretário do PT sob suspeição


Irmã de deputado do PSD sai do governo Silval “atirando” e põe secretário do PT sob suspeição

Pivô do primeiro confronto em campo aberto do PSD com o PT no governo Silval Barbosa (PMDB), a professora Vanice Marques, irmã do deputado estadual Airton Português (PSD) e adjunta demissionária da Seduc, divulgou ‘Nota Esclarecimento’, através da assessoria, em que não mede adjetivos para colocar sob suspeição o ex-deputado Ságuas Moraes, titular da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

“Não pactuarei e não me calarei diante de atitudes que utilizam recursos públicos para outros fins”, afirma ela, em trecho da nota enviada pela assessoria de Airton Português. “A ingerência e subterfúgios da gestão atual da Seduc-MT compromete o desenvolvimento da educação do nosso Estado, resta-nos confiar nos órgãos de controle para frear esses desmandos”, denuncia Vanice Marques.

“Venho através desta carta, esclarecer o meu desligamento do cargo de Secretária Adjunta de Estrutura Escolar da Secretaria de Estado de Educação”, justifica ela, no início do texto.

“Na definição do retorno do partido PSD à base do governo Silval Barbosa, em dezembro de 2012, fui indicada neste cargo na Seduc ao Governador, que aceitou meu retorno ao governo pelo histórico de nossa contribuição e
trabalho, anteriormente por sete anos na Casa Civil, Fapemat e Secretaria de Turismo”, avalia Vanice, fazendo um histórico de sua participação no Poder Executivo.

“Na minha vida pública sempre prezei pelo respeito ao ser humano e resultado no trabalho... Lamentavelmente temos um sistema educacional ainda arcaico e que prejudica sobremaneira o aprendizado e evolução do aluno ao acesso à informação e tecnologia”, pontua a adjunta demissionária. “Mas podemos fazer a diferença quando temos uma gestão comprometida com o resultado e preocupada com nossos clientes, que são professores, alunos, pais, funcionários, etc. Não foi o que encontramos na Seduc”, revela Vanice Marques.

A irmã do deputado português denuncia que foi cerceada de cumprir sua função de gestora orçamentária. “Na Seduc, por dois meses que estive fui impedida de implantar rotinas administrativas, criar sistemas de transparência, alterações de responsabilidades entre funcionários, foi-me solicitado expressamente assinaturas em processos incompletos”, garante ela.

“Foi-me negado por diversas vezes acessos a documentos (referentes à minha responsabilidade) para análise, e por fim para me excluir definitivamente das discussões e decisões de investimentos, publicaram um núcleo executivo tirando 90% da execução orçamentária da pasta sob minha responsabilidade”, afiança Vanice.

Ságuas Moraes não atendeu nem retornou às ligações da reportagem do Olhar Direto. A assessoria da Seduc informou que Ságuas estava numa reunião “incomunicável”, em seu gabinete, podendo retornar, sem seguida.

Fonte: Ronaldo Pacheco / Olhar Direto

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