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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Seis anos sem Dante Martins de Oliveira

Seis anos sem Dante Martins de Oliveira. O aniversário da morte do estadista, em 6 de julho de 2006, em pleno processo eleitoral, faz lembrar com saudades um dos maiores líderes políticos do Brasil. Ações de Dante foram perpetuadas na inserção de projetos macro na gestão pública de Mato Grosso. Entre outros feitos, foi o principal responsável pela exposição das potencialidades do Estado no circuito internacional. Neste ano, a reverência a Dante ocorre em missa na Catedral de Cuiabá, município que ele governou na década de 80. Ex-primeira-dama de Mato Grosso Thelma de Oliveira expressa a falta que Dante faz num cenário pautado na evidência da escassez de lideranças políticas e de projetos abrangentes.


"Estamos vendo nesse cenário político a ausência de projetos estratégicos. Hoje temos os planos da Copa, mas não se tem uma sequência de atos grandes para o Estado. Faltam também líderes políticos e não se tem muita representatividade", disse, ao lembrar que a dor da perda do ex-governador é um sentimento compartilhado pela maioria da população.


Ex-prefeito Roberto França lembrou que "o autor da Diretas Já" deve ser destacado por grandes ações no campo da política e da gestão pública. "Como grande prefeito que foi, como grande governador de Mato Grosso". Frisou que a sociedade perdeu um grande líder. Roberto França disse ainda que Dante sabia traduzir o sentimento do povo no governo. "É uma lacuna, um vazio no seio da sociedade e da classe".


Senador Jayme Campos (DEM) ressaltou a participação atuante de Dante no governo federal, no período em que comandou o Ministério da Reforma Agrária. "Ele fez grandes trabalhos em vários campos. Lembramos dele como ministro, como deputado federal e como governador. Indiscutivelmente foi uma das maiores lideranças do país, dono de trabalho respeitoso. Foi um grande político e sentimos sua falta".


Ex-deputado constituinte, Luiz Soares (ex-tucano e hoje no DEM), traçou comparativo de atuação política de Dante. "Tenho saudades do Dante e do Roberto França, que tinham atuação não encontrada num cenário nem de 100 anos atrás. Foram líderes populares, da política de Mato Grosso. Antes, o que falavam no centro de Cuiabá era ouvido na ponta da cidade. Hoje não é assim".


E resumiu o sentimento: "é só saudades. Ponto". Natural de Cuiabá, Dante ficou nacionalmente conhecido pela autoria de emenda constitucional que levou seu nome, propondo o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República. Movimento resultou na campanha Diretas Já. Geriu Cuiabá em 1985 pelo PMDB, se afastando mais tarde para assumir o cargo de ministro da Reforma Agrária do governo José Sarney. Governou o Estado entre 1995 e 2002, em 2 mandatos. Em 2006 disputaria vaga à Câmara Federal pelo PSDB. Thelma o substituiu.

Fonte: A Gazeta

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