O corregedor-geral do Ministério Público Estadual (MPE), Mauro Viveiros, votou a favor da continuidade das investigações a respeito da eventual participação do senador Blairo Maggi (PR) no escândalo dos Maquinários argumentando que seria uma “ingenuidade” crer que o então governador não estivesse a par dos pormenores da maior compra feita pelo Estado até então.
“Os ilícitos nas altas esferas têm como característica a proteção aos que ocupam os cargos mais altos da pirâmide”, sintetizou do corregedor na leitura de seu voto, mencionando que, em casos onde figura o alto escalão, raramente restam vestígios formais de sua atuação e muitos são os interessados em acobertá-los.
Viveiros salientou que o programa Mato Grosso 100% Equipado envolveu cinco secretarias de Estado e necessitou de parecer da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para ser executado. Maggi não só idealizou o programa como o acompanhou e pediu celeridade em seu andamento, fato que gerou a supressão de etapas legais do devido processo, declarou.
Como evidências de que Maggi esteve por dentro dos meandros e irregularidades do programa,como partícipe ou cúmplice, o corregedor citou episódio no qual, ainda na condição de governador, mostrou-se irritado com o então secretário de Administração, Geraldo de Vitto, ao saber que as compras dos equipamentos tinham sido feitas com “sobrepreço” – termo posteriormente utilizado por parte dos acusados para dar explicações sobre o caso e classificado por Viveiros como mero eufemismo.
“O governador ficou bastante irritado quando soube que foram pagos valores acima da ata de preços”, explicou Viveiros, retomando depoimento do gestor do pregão referente ao MT 100% Equipado, Edson Montfort de Oliveira, que acabou sendo exonerado pelo atual governador Silval Barbosa (PMDB).
“[Blairo] ficou muito contrariado, literalmente bravo. Chegou a esmurrar a mesa ao ser noticiado pelo secretário De Vitto de que teriam pagado valores divergentes da licitação, acima do limite da ata de preços”, frisou o corregedor antes de ponderar: embora tivesse demonstrado indignação com a forma da condução dos negócios neste episódio, Maggi jamais censurou de fato os secretários De Vitto e Vilceu Marchetti, então titular da pasta de Infraestrutura, mesmo com a Auditoria-Geral do Estado (AGE) apontando “fraude com precisão”, referente a claro direcionamento do edital para que cada lote de equipamentos contemplasse uma empresa.
“O processo de licitação nasceu sob o símbolo da ilegalidade”, classificou o corregedor.
“Os ilícitos nas altas esferas têm como característica a proteção aos que ocupam os cargos mais altos da pirâmide”, sintetizou do corregedor na leitura de seu voto, mencionando que, em casos onde figura o alto escalão, raramente restam vestígios formais de sua atuação e muitos são os interessados em acobertá-los.
Viveiros salientou que o programa Mato Grosso 100% Equipado envolveu cinco secretarias de Estado e necessitou de parecer da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para ser executado. Maggi não só idealizou o programa como o acompanhou e pediu celeridade em seu andamento, fato que gerou a supressão de etapas legais do devido processo, declarou.
Como evidências de que Maggi esteve por dentro dos meandros e irregularidades do programa,como partícipe ou cúmplice, o corregedor citou episódio no qual, ainda na condição de governador, mostrou-se irritado com o então secretário de Administração, Geraldo de Vitto, ao saber que as compras dos equipamentos tinham sido feitas com “sobrepreço” – termo posteriormente utilizado por parte dos acusados para dar explicações sobre o caso e classificado por Viveiros como mero eufemismo.
“O governador ficou bastante irritado quando soube que foram pagos valores acima da ata de preços”, explicou Viveiros, retomando depoimento do gestor do pregão referente ao MT 100% Equipado, Edson Montfort de Oliveira, que acabou sendo exonerado pelo atual governador Silval Barbosa (PMDB).
“[Blairo] ficou muito contrariado, literalmente bravo. Chegou a esmurrar a mesa ao ser noticiado pelo secretário De Vitto de que teriam pagado valores divergentes da licitação, acima do limite da ata de preços”, frisou o corregedor antes de ponderar: embora tivesse demonstrado indignação com a forma da condução dos negócios neste episódio, Maggi jamais censurou de fato os secretários De Vitto e Vilceu Marchetti, então titular da pasta de Infraestrutura, mesmo com a Auditoria-Geral do Estado (AGE) apontando “fraude com precisão”, referente a claro direcionamento do edital para que cada lote de equipamentos contemplasse uma empresa.
“O processo de licitação nasceu sob o símbolo da ilegalidade”, classificou o corregedor.
Da Redação - Renê Dióz
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