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sábado, 21 de abril de 2012

Fagundes, Henry e Eliene não assinaram pedido de CPI contra Demóstenes


Três dos oito  deputados federais de Mato Grosso se recusaram a assinar o pedido de criação de CPI do Caso Cachoeira, o bicheiro de Goiás, preso em Brasília por envolvimento em corrupção e que tem o senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO) como um dos principais personagens da política brasileira envolvido nos escândalos de favorecimento a empreiteiras, entre elas a Delta. 

Na lista que pede a criação da CPI não constam os nomes dos deputados Wellington Fagundes, presidente do PR; Pedro Henry (PP), que responde a vários processos por envolvimento no Mensalão e Eliene Lima (PSD). Da bancada na Câmara assinaram Nilson Leitão (PSDB), Valtenir Pereira (PSB), Homero Pereira (PSD) e Júlio Campos (DEM). No Senado, todos de Mato Grosso assinaram a CPI - Blairo Maggi (PR), Pedro Taques (PDT) e Jayme Campos (DEM).
 
 
A lista dos deputados e senadores que não assinaram o pedido de cr iação de CPI curiosamente apresenta a ausência de parlamentares que são réus no processo do mensalão e daqueles envolvidos em outros escândalos como de Cachoeira.
 
 
Fagundes foi  denunciado pelo economista Luiz Antônio Pagot, ex-dretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em entrevista à revista Época. Ele revelou que o parlamentar integraria o esquema político que envolve Carlinhos Cachoeira. Fagundes teria feito movimentos em favor da Delta para não ter que refazer o asfalto na Serra de São Vicente. Fagundes negou.
 
 
Os presidentes da Câmara e do Senado, Marco Maia (PT-RS) e José Sarney (PMDB-AP), também não assinaram o requerimento lido nesta sexta-feira no plenário do Congresso, criando oficialmente a Comissão Parlamentar de Inquérito.
 
 
Há outros nomes "ilustres" da política nacional que deixaram de apoiar a CPI. O deputado paranaense Zeca Dirceu (PT-PR), filho de outro réu, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, foi outro que não assinou. O ex-ministro prestou consultoria à empresa Delta, uma das envolvidas no escândalo que levou à prisão do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Não aparece na lista também o nome de Jaqueline Roriz (PMN-DF), absolvida em plenário mesmo depois de um vídeo no qual aparecia recebendo um pacote de dinheiro de Durval Barbosa, o operador do chamado mensalão do DEM.
 
 
O tucano Eduardo Azeredo (PSDB-MG) não deu sua assinatura. Réu em algumas ações no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-governador Paulo Maluf (PP-SP) também não apoiou a investigação. Entre os que ficaram de fora da lista está ainda o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS). Ele ganhou fama ao dizer que 'se lixa' para a opinião pública quando era relator do processo contra o ex-colega Edmar Moreira, o deputado do castelo que gastava recursos da Câmara com uma empresa de sua propriedade.
 
 
No total, 396 deputados e 72 senadores apoiaram a abertura da CPI. 
 
 
O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que responde a processo no Conselho de Ética do Senado por suspeita de envolvimento com Cachoeira, não assinou o pedido de CPI.
 
Fonte: Valdemir Roberto/24 Horas News   

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