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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Programa de Resíduos Sólidos implantado em Cláudia pode ser modelo no estado


Uma empresa  de gerenciamento de resíduos sólidos esta desenvolvendo no município de Cláudia um projeto de gestão ambiental  no deposito de lixo. O objetivo é implantar o plano de gerenciamento de resíduos sólidos, de maneira sustentável, podendo gerar renda e uma melhor qualidade de vida dos moradores, além de acabar de vez com o lixão a céu aberto com a futura  construção de um aterro sanitário.

“Inicialmente estamos limpando a via de acesso ao lixão, para sabermos o tamanho da área afetada  e aí começar a implantar o trabalho, que vai desde a educação ambiental com crianças nas escolas até instrução  de uma coleta seletiva e a conscientização dos moradores de forma geral. Um outro fato que temos que levar em conta também é a questão da reciclagem  que é economicamente sustentável e correta, tudo isso com a gestão integrada de resíduo sólido que estaremos colocando em prática com o desenvolver do projeto”, relatou Mauro Rodrigues Mello, diretor da empresa.

A Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é um conjunto de metodologias visando reduzir não só da produção e eliminação de resíduos, como do melhor acompanhamento durante todo o seu ciclo produtivo que tem como finalidade reduzir a produção de resíduos na origem, gerir a produção dos mesmos no sentido de atingir um equilíbrio entre a necessidade de produção de resíduos e o seu impacto ambiental.

Para o prefeito Vilmar Giachini esta é uma possibilidade de resolver a questão do lixo no município. “Este é um projeto muito completo que deverá resolver o nosso problema com a questão do lixo, além de melhorar a qualidade de vida da população. Precisamos desenvolver este programa o quanto antes, cadastrar os catadores para que possam atuar de maneira digna e segura. E com isso seremos a cidade modelo no processo de gerenciamento de resíduos sólidos  no Estado de Mato Grosso”, afirmou o prefeito.

Desde agosto de 2010, a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei federal nº 12.305/2010, impôs ao setor público e privado uma nova maneira de como lidar com a produção de produtos, serviços e a destinação final dos resíduos. Técnicas como coleta seletiva, reciclagem e logística reversa formam a base desta estrutura, que se fortalece no conceito de responsabilidade compartilhada, modelo de obrigações que reúne todos os setores da sociedade.

A Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais)  atua nos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. O objetivo da associação é colaborar efetivamente com os setores público e privado, promover a permanente troca de informações, estudos e experiências destinadas ao desenvolvimento do setor.

Recentemente, a entidade elaborou o “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil – 2010”, onde faz uma radiografia da relação do brasileiro com o lixo. Segundo o diagnóstico, no país, se compararmos a quantidade total de lixo gerado em 2010 com o total de resíduos sólidos urbanos coletados, verificamos que 6,7 milhões de toneladas destes resíduos deixaram de ser coletados no ano, e, por consequência, tiveram destino impróprio. 

De acordo com o levantamento, em 2010, dos 5.565 municípios existentes no Brasil, 3.205 (57,6%) indicaram a existência de iniciativas de coleta seletiva, contudo embora a quantidade de municípios com atividades de coleta seletiva seja expressiva, é importante considerar que muitas vezes tais atividades resumem-se na disponibilização de pontos de entrega voluntária à população ou na simples formalização de convênios com cooperativas de catadores para a execução dos serviços.

Vale lembrar que no dia 3 de agosto de 2014, o Brasil deverá estar livre dos lixões a céu aberto, presentes em quase todos os municípios brasileiros. Isso é o que define o artigo nº 54 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), recentemente regulamentada por Decreto Presidencial, em 23 de dezembro de 2010. Também ficará proibido, a partir de 2014, colocar em aterros sanitários qualquer tipo de resíduo que seja passível de reciclagem ou reutilização. Os municípios que não se adequarem a lei sofrerão multas diárias.

Fonte: Assessoria da Prefeitura

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