Passageiros e donos de restaurantes sofrem com descaso da MT 208

Já se vão dois anos, quando o então secretário de Estado de Infraestrutura, Vilceu Marquetti,  confirmou a pavimentação da MT-208, entre os municípios de Nova Bandeirantes e Alta Floresta. Marchetti já deixou há tempos o cargo, defenestrado por denuncias de corrupção na aquisição de máquinas e equipamentos rodoviários, que desviaram milhões dos contribuintes.

A realidade da rodovia, no entanto, ainda e triste e dura para quem precisa da MT 208 em qualquer época do ano. Este ano, o sofrimento tem sido maior.
“Me de carona, preciso chegar a Alta Floresta para pagar uma letra se não terei o nome sujo. Faz uma semana que ouvi que esta ponte estava caída. Achei que tinham arrumado. Peguei o ônibus ontem (sábado), chegamos aqui e voltamos. Hoje eu e mais 16 passageiros pegamos o ônibus novamente e chega aqui à ponte esta quebrada ainda” -  pede um dos passageiros da linha de ônibus entre Apiacás e Alta Floresta que esta em um bar que existe no trevo da MT 208 com a estadual que o liga o local a Apiacás.

Desespero total de passageiros de ônibus que não possuem banheiros nem água potável impedidos de seguirem viagem por causa de bueiros ruins, atoleiros, pontes antigas e podres. Enquanto isto, os passageiros pagam do próprio bolso o alimento consumido nos pequenos restaurante e bares a beira da estrada, enquanto espera o socorro.

  

 Apenas uma PC, uma Pá carregadeira e um caminhão caçamba foram vistos dando manutenção em mais de 180 quilômetros de estrada de chão. Por causa disto, em Nova Bandeirantes e Nova Monte Verde, as empresas de transporte coletivo suspenderam as linhas. O povo mendiga carona se precisar ir até  Alta Floresta. O povo sofre e reclama.

Na cidade de Nova Bandeirante, os restaurantes fecham no horário de jantar por falta de clientes em prejuízo constantes. Mulheres esperam ansiosos os maridos caminhoneiros que foram buscar alimentos para os mercados, e estão mais de cinco dias na estrada que não tem sinal de telefonia móvel.

O único ponto que se encontra refeição noturna, um prato feito, o proprietário Roberto reclama da falta de energia e água constante: “Luz falta todo dia, ninguém faz nada, Água é toda noite. Procurei os responsáveis eles disseram que é por causa de um cano próximo ao aeroporto. Mas já faz meses e este cano não foi concertado? - Porque”, reclama o pequeno comerciante enquanto a energia e interrompida e a cidade fica as escuras.

A cidade mais prejudicada pela situação das estradas estadual está no fim da linha praticamente. Com mais de 11 mil habitantes, Nova Bandeirantes busca alternativas para driblar a crise no setor madeireiro, base da economia local. A agricultura familiar e a pecuária de corte estão sendo implementadas no município, que depende do asfaltamento para escoamento da produção emperrada até hoje. Indústrias não existem por falta de energia e asfalto.

Os moradores de quatro cidades da região (Paranaíta, Apiacás, Nova Bandeirante e Nova Monte Verde) sofrem com falta de energia e sinal de telefone bom, e claro com os isolamentos no período chuvosos e buracos acompanhados de poeira no período da seca na MT 208, Rodovia com trafego intenso de veículos, conhecida no extremo norte também por acumular acidentes automobilísticos,  resultado da combinação entre as péssimas condições da estrada não pavimentada e da falta de sinalização.

Fonte:24 horas News.