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sábado, 12 de novembro de 2011

Defensores públicos são ameaçados por 'jagunços' a mando de fazendeiros durante uma operação em MT

Da Redação - Alline Marques
Foto: AssessoriaAção da Defensoria garante mais segurança para assentados Ação da Defensoria garante mais segurança para assentados
Os defensores públicos foram ameaçados por pistoleiros. Esta foi a primeira reação contra uma operação realizada pela Polícia Militar em Colniza (1.065 km a noroeste de Cuiabá), região de muitos conflitos de terra. A ação ocorreu após uma investigação conjunta realizada na região para que os mais de 700 assentados da Cooperativa Roosevelt pudessem retornar às suas terras.

Os assentados foram beneficiados por uma decisão favorável à que retornassem à área em litígio, no dia 29 de setembro, depois de uma ação na Justriça que durou sete anos. Mas prevendo o risco de conflitos com a volta dos assentados, os defensores Air Praeiro Alves e Rogério Borges Freitas solicitaram uma investigação policial para descobrir quem eram os pistoleiros que agiam na região e para quem trabalhavam.

Após a realização das investigações, o defensor Rogério Borges solicitou ao juiz da comarca o cumprimento de um mandado de busca e apreensão nas fazendas da região. O pedido foi acatado com o aval do Ministério Público do Estado (MPE), e a PM apreendeu 26 armas de grosso calibre, carabinas, revólver calibre 38 e pistola 380, além de muita munição. “O número pode não ser tão expressivo, mas para a região é uma quantidade muito grande de armas”, declarou o defensor.

Ainda de acordo com informações da Defensoria, todo o material apreendido foi encontrado nas fazendas investigadas (Comil, Buritizal, Lagoa das Conchas e Estrela) e várias pessoas foram presas por porte ilegal de armas.

Chacinas

Em Colniza, duas chacinas ocorreram nos anos de 2008 e 2009 e os crimes ficaram impunes. No primeiro caso, três pessoas foram assassinadas em emboscada na Fazenda Bauru. As vítimas eram funcionários da propriedade e, entre elas, estava o topógrafo Paulo Gilberto Gobetti (53), que veio do Paraná para trabalhar na região. Uma mulher sobreviveu e está sob proteção policial.

Um ano depois, em dezembro de 2009, outra chacina ocorreu na mesma região e resultou na morte de outros dois funcionários da fazenda Bauru. Eles estavam em casa, quando um homem invadiu a residência e atirou. Um terceiro empregado foi atingido no braço, mas conseguiu fugir com vida.

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