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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Publicação analisa desenvolvimento agroflorestal no Noroeste de Mato Grosso

A importância das agroflorestas para a conservação e uso sustentável da biodiversidade é o tema da publicação “Desenvolvimento Agroflorestal no Noroeste de Mato Grosso: dez anos contribuindo para a conservação e uso das florestas”. Escrito pelos pesquisadores Marcos R Tito, Paulo C. Nunes e Jorge L. Vivan, o livro é a sistematização dos resultados de um dos componentes do projeto “Promoção da Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade nas Florestas de Fronteira do Noroeste de Mato Grosso”, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema/MT).
O objetivo do projeto Promoção da Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade, que foi executado entre 2001 e 2011, foi apoiar a região com resultados e processos demonstrativos, políticas estaduais para compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico e a conservação da biodiversidade, ajudando a criar um mosaico de Áreas Protegidas interligados com Sistemas Agroflorestais – SAFs.
Na publicação é feito um breve relato sobre a ocupação do Noroeste mato-grossense, com informações sobre os principais usos da terra, como o cultivo da soja, a pecuária extensiva e a mineração que há mais de 30 anos tem se beneficiado por políticas agrícolas e de desenvolvimento regional e nacional. Também é narrada a trajetória institucional e organizativa dos dez anos de atividades do projeto, privilegiando, contudo, o componente sobre os sistemas agroflorestais.
Sobre este componente a publicação descreve o processo de formação de redes e parcerias, fundamentais para o fortalecimento da governança agroflorestal da região, além de apresentar a sinergia existente com outros projetos e programas em desenvolvimento na região. Também são descritas as contribuições no que se refere à comercialização de algumas espécies, como a castanha-do-Brasil, consideradas carros-chefes nos desenvolvimento agroflorestal. O potencial madeireiro e de carbono em SAFs também são amplamente discutidos como essenciais para a conservação da biodiversidade.
Além das ações e resultados do projeto Promoção da Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade nas Florestas de Fronteira do Noroeste de Mato Grosso, são mostrados também projetos que deram seqüência a parte das ações do projeto que findou este ano. O projeto Poço de Carbono Juruena, executado pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – ADERJUR, com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental, é um desses exemplos. Até o final deste ano, o Poço de Carbono Juruena terá produzido dois milhões de mudas de espécies nativas de interesse dos agricultores; e incentivado a recomposição de 660 ha de áreas alteradas através dos Sistemas Agroflorestais.

André Alves
Assessor de Comunicação

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