Da Redação - Alline Marques
Foto: Assessoria Área devastada ilegalmente em Colniza detectada durante operação
As madeiras de Mato Grosso estão atravessando a fronteira de Rondônia sem pagar imposto, sem nenhuma fiscalização nem tampouco qualquer controle ambiental. Nem mesmo a Operação Arco de Fogo, que passou a ser desenvolvida permanentemente na região Norte de Mato Grosso, tem impedido a ação ilegal de fazendeiros.
Os crimes ambientais foram detectados durante operação realizada pela Polícia Militar em conjunto com a Defensoria Pública, com o objetivo de garantir tranquilidade na reintegração de famílias da Cooperativa Roosevelt.
O que chamou a atenção é que a falta de fiscalização é tamanha, que os fazendeiros sequer escondem o “tráfico de madeira”. Ainda de acordo com o defensor público Rogério Farias, que acompanhou a ação no município de Colniza (1.065 km a Noroeste de Cuiabá), quem manda na região são essas pessoas de Rondônia.
“É impressionante o número de caminhões de madeira que saem dali sem nenhuma autorização. Vai tudo para Rondônia sem recolher um centavo de imposto. Nossa floresta está indo embora para o estado vizinho e ninguém fala nada. (...) Naquela região, quem manda e desmanda são pessoas de Rondônia. Eles levam a madeira na cara dura, dia e noite tem caminhões puxando madeira”, informou, por meio da assessoria.
Na mesma operação também foram constatados diversos crimes ambientais, como garimpos irregulares, desmates e queimadas ilegais. A Defensoria Pública deve encaminhar cópia dos documentos, inclusive com fotos, para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pedindo uma providência.
No entanto, a situação na região já é de conhecimento do governo federa, que também pouco tem feito a respeito. A maioria dos conflitos que ocorre na região é gerada pela disputa por madeiras nobres. Uma das fazendas mais visadas na região é a Bauru, palco de duas chacinas, em 2008 e 2009.
Além do problema dos conflitos e dos crimes ambientais recorrentes, outra irregularidade muito comum na região é o trabalho escravo, principalmente, nos garimpos ilegais da região. Muitos trabalhadores saem de estados como Roraima e Pará com a promessa de vida melhor, mas acabam contraindo dívidas impagáveis e viram reféns de pistoleiros. Algumas ações de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho foram realizadas, mas a situação é recorrente, diante da impunidade.
O defensor também promete cobrar, ao governo do Estado, uma fiscalização mais efetiva na região. Uma das recomendações é a criação de um posto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) na região. No entanto, diante das inúmeras denúncias, já é tempo de o monitoramento seja reforçado.
“O relatório da polícia chegou recentemente em nossas mãos, e com base nele vamos instruir todos esses pedidos de providências, pelo menos para que o Estado se faça presente naquela região”, promete o defensor.
Os crimes ambientais foram detectados durante operação realizada pela Polícia Militar em conjunto com a Defensoria Pública, com o objetivo de garantir tranquilidade na reintegração de famílias da Cooperativa Roosevelt.
O que chamou a atenção é que a falta de fiscalização é tamanha, que os fazendeiros sequer escondem o “tráfico de madeira”. Ainda de acordo com o defensor público Rogério Farias, que acompanhou a ação no município de Colniza (1.065 km a Noroeste de Cuiabá), quem manda na região são essas pessoas de Rondônia.
“É impressionante o número de caminhões de madeira que saem dali sem nenhuma autorização. Vai tudo para Rondônia sem recolher um centavo de imposto. Nossa floresta está indo embora para o estado vizinho e ninguém fala nada. (...) Naquela região, quem manda e desmanda são pessoas de Rondônia. Eles levam a madeira na cara dura, dia e noite tem caminhões puxando madeira”, informou, por meio da assessoria.
Na mesma operação também foram constatados diversos crimes ambientais, como garimpos irregulares, desmates e queimadas ilegais. A Defensoria Pública deve encaminhar cópia dos documentos, inclusive com fotos, para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pedindo uma providência.
No entanto, a situação na região já é de conhecimento do governo federa, que também pouco tem feito a respeito. A maioria dos conflitos que ocorre na região é gerada pela disputa por madeiras nobres. Uma das fazendas mais visadas na região é a Bauru, palco de duas chacinas, em 2008 e 2009.
Além do problema dos conflitos e dos crimes ambientais recorrentes, outra irregularidade muito comum na região é o trabalho escravo, principalmente, nos garimpos ilegais da região. Muitos trabalhadores saem de estados como Roraima e Pará com a promessa de vida melhor, mas acabam contraindo dívidas impagáveis e viram reféns de pistoleiros. Algumas ações de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho foram realizadas, mas a situação é recorrente, diante da impunidade.
O defensor também promete cobrar, ao governo do Estado, uma fiscalização mais efetiva na região. Uma das recomendações é a criação de um posto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) na região. No entanto, diante das inúmeras denúncias, já é tempo de o monitoramento seja reforçado.
“O relatório da polícia chegou recentemente em nossas mãos, e com base nele vamos instruir todos esses pedidos de providências, pelo menos para que o Estado se faça presente naquela região”, promete o defensor.
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