Romilson Dourado
Eles demonstraram publicamente estarem em rota de colisão, mas a suposta briga não passou de jogo de cena. Em verdade, são mais aliados do que nunca, tanto no campo político quanto em laços familiares.
O presidente da Assembleia, deputado José Riva, que trocou o PP pelo PSD, levou a filha Jéssica para o altar com Ricardo, filho do governador Silval Barbosa. O casamento se deu esta semana. Se os dirigentes que conduzem os dois dos três Poderes Constituídos já eram aliados e amigos, imagine agora que seus filhos estão casados.
Riva vinha fazendo críticas pontuais à administração Silval. Por outro lado, nunca deixou a bandeira de governista. Foi assim nas gestões Dante de Oliveira (1995/2002) e Blairo Maggi (2003/2010). Ele conquistou o quarto mandato pelo PP, que apoiou o projeto de reeleição do peemedebista, no posto de chefe do Executivo desde abril do ano passado, com a renúncia de Maggi, hoje senador. Bem articulado, Riva emplacou ou ajudou a abrir as portas no primeiro escalão para três aliados, sendo eles Eliene Lima (Ciência e Tecnologia), Antonio Azambuja (Esporte e Lazer) e Pedro Henry (Saúde), além de Wilson Celso Teixeira, o Dentinho, na presidência do Cepromat.
Como fundou o PSD no Estado, inclusive já o transformando em maior legenda, com 50 prefeitos, 5 deputados estaduais e 2 federais e mais de 300 vereadores, José Riva ganhou mais força e poder de barganha no Executivo. Ele não é considerado mais o padrinho político de Azambuja, que preferiu continuar no PP e mais próximo de Henry, mas nem se importa com isso. Continua atraindo seguidores. Eliene deixou o governo, mas segue sob orientação do cacique, tanto que também pulou para o PSD.
Pela proximidade com o Palácio Paiaguás, Riva se tornou espécie de conselheiro político do governador. Não mais critica a gestão como antes. Resolveu acompanhar inclusive a Rota da Integração pelos municípios do Araguaia. Riva e Silval, que já dividiram o comando da Mesa Diretora da Assembleia, com um na presidência e outro na primeira-secretaria, querem construir juntos um bloco para superar as urnas de 2014 e seguir no poder.
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