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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Maggi condena postura de Fagundes e Pinheiro no PR e "namora" o PMDB

                                                     
Blairo Maggi, que começou na vida pública no PP (ex-PPB), depois passou pelo PPS e está no PR, avalia filiação no PMDB, motivado por crises  com dirigentes da sigla republicana, entre elas os deputados Wellington Fagundes e Emanuel Pinheiro

O senador Blairo Maggi não admite publicamente, mas, nos bastidores, demonstra contrariedade com a postura dos dirigentes do PR no Estado, especialmente com o presidente Wellington Fagundes e com o secretário-geral Emanuel Pinheiro. Numa operação "fogo amigo", eles não deram respaldo a Maggi nos ataques disparados pela oposição assim que este deixou o cargo de governador e estariam, inclusive, alimentando dossiês de supostas falhas da gestão.
O descontentamento é tanto que Maggi abriu diálogo com a cúpula nacional do PMDB e não descarta deixar o Partido Republicano, do qual foi o fundador em Mato Grosso. Por outro lado, teria de conviver no Estado com figuras, como o cacique Carlos Bezerra. Maggi começou na vida pública no PP (ex-PPB) e, quando assumiu o Senado por 4 meses em 1999, na vaga do então titular Jonas Pinheiro, migrou para o PPS, pelo qual conquistou cadeira de governador, em 2002. No pleito de 2006, já pelo PR, garante a reeleição. Depois, pula para o PR.
Assim que deixou o Palácio Paiaguás, em 31 de março de 2010, Maggi passou a ser criticado por lideranças que até então se mostravam aliadas. Até pessoas que atuaram como secretário estão agindo como opositores. Isso tem contrariado o senador. No caso dos escândalos do maquinário e das cartas de créditos, o PR, sob Fagundes, não se preocupou em reforçar a versão do governo Maggi. Ademais, Fagundes e Pinneiro não se articularam para "segurar" lideranças no PR, que perdeu o ranking de maior legenda do Estado. O recém-criado PSD já conta com 50 prefeitos, mais de 300 vereadores, 3 deputados e 2 federais, enquanto o PR caiu para o segundo lugar, de 33 para 24 prefeituras e, o PMDB, comanda 18 municípios.

Interesses pessoais
Integrantes da chamada turma da botina, grupo captaneado pelo ex-governador, avaliam que Fagundes, que tem forte apego ao poder, se aproximou mais do governador Silval Barbosa, apostando numa candidatura a senador ou a governador em 2014 com apoio da máquina, movida por um orçamento anual de R$ 13 bilhões e com quase 100 mil servidores. Fagundes não se contentou apenas em "encostar" em Silval, mas em "paquerar" outros líderes peemedebistas. Chegou a defender o nome do colega deputado Carlos Bezerra, de quem era adversário político, para disputa à Prefeitura de Rondonópolis neste ano. Assim, cada vez mais o presidente regional do PR vai isolando Maggi e a turma da botina, que o chama de traidor. Pela movimentação nos bastidores, Fagundes está levando a sério a velha máxima de "rei morto, rei posto!"

Fonte: Romilson Dourado / RDNews

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