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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Silval vive incerteza sobre seguir governador ou disputar Senado

Silval Barbosa vive um momento político de incertezas quanto às eleições gerais do próximo ano. De um lado, deseja concluir integralmente o mandato de governador, o que lhe daria mais tempo para recuperar a popularidade e melhorar o conceito, empurrado por várias obras em andamento, especialmente em Cuiabá por causa dos projetos voltados à Copa-2014. De outro, enfrenta pressão de correligionários para ser candidato ao Senado. Nesse caso, isso lhe custaria a perda da cadeira. Só teria 9 meses de administração, pois a legislação eleitoral lhe obrigaria a renunciar até março ao posto ocupado no Palácio Paiaguás.
Com perfil político, Silval ocupa cargo eletivo há 20 anos. Começou como prefeito de Matupá, no Nortão. Depois foi deputado por 2 mandatos, inclusive, ocupando os postos de primeiro-secretário e de presidente da Assembleia. Em 2006, se elegeu vice-governador, tendo se tornado chefe do Executivo quatro anos depois, com a renúncia de Blairo Maggi (PR). Depois, o peemedebista foi reeleito no mesmo ano.

O governador sabe que pelo cenário atual não teria chances de êxito nas urnas. Primeiro, que perderia o controle do peso da máquina, uma estrutura fundamental numa campanha com orçamento de R$ 12 bilhões e presente em todos os municípios com secretarias, órgãos e empresas vinculados e quase 100 mil servidores. Segundo, "patina" e convive com desgaste, inclusive nos municípios, que, curiosamente, foram impulsionadores de sua reeleição em 2010. Como o governo se concentrou nas obras da Copa, as cidades fora da Capital reclamam do que chamam de abandono do Estado, embora Silval tem feito o contraponto, alegando que vai inaugurar também asfaltamento em vários municípios, interligando 44 deles, e com promessas de regularizar pendências em áreas essenciais, como saúde e segurança.

E se o governador resolver concorrer à senatória? O comando do Estado passaria para às mãos de Chico Daltro (PSD), que é de outro grupo político. Provavelmente, Daltro trabalharia para tentar a reeleição, assim como fez o próprio Silval ao receber o Paiaguás de Blairo Maggi. O bônus das obras da Copa ficariam com Daltro. Partindo desse pressuposto, Silval correria risco de ficar sem grupo, sem referencial, mesmo com a possibilidade do ex-governador e senador Maggi disputar de novo o Paiaguás, tendo o peemedebista no palanque na corrida ao Senado. Ademais, Silval levaria porrete para todo lado e sem chance de defesa, afinal, não teria mais o poder da caneta.

Na hipótese de permanecer governador até o final do mandato, Silval poderia voltar a concorrer em 2016 a prefeito. Comenta-se que uma das opções seria em Sinop, onde está ficando base eleitoral. No comando do Estado, Silval melhoraria o conceito do governo com inauguração de obras. Como o governo enfrenta crise e, a tendência é de se tornar saco de pancada na campanha, estando no cargo Silval teria mais "munição" para fazer o contraponto e mais força para conter debandada e lançar "blindagem".

Romilson Dourado

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