Na tarde desta quinta-feira (24) os índios Arara desocuparam as instalações da Usina Hidrelétrica Dardanelos de 261 megawatts, localizada no Rio Aripuanã, no estado do Mato Grosso. A invasão aconteceu na ultima segunda (21), onde o líder indígena reivindicou seus direitos de compensação ambiental pelos impactos da obra.
Ontem à noite na sede do quartel da PM, uma reunião entre indígenas, representantes da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e empreendedores da UHE para chegarem a um acordo, o que não aconteceram, mesmo eles, terem recebido um memorando de n°339/2011/PRES-FUNAI-MJ, que recomendaram que os indígenas presentes na usina deixassem o local e retornassem às suas aldeias.
Hoje por volta das 14:00 horas foram convencidos pelo capitão da PM Anderson Luiz a saírem, de forma pacifica. O acordo prevê a realização de novas reuniões no Pólo da FUNAI, em Juína, e a criação de uma comissão para acompanhamento do cumprimento das obrigações assumidas pelas partes no Termo de Compromisso celebrado em julho com as etnias.
Segundo o líder dos Arara Amazonildo Arara, sua etnia criará uma comissão de 10 índios para representá-los em Juína no próximo dia 30, na reunião com o governo e FUNAI. “O protesto foi pacifico e nada destruímos, onde foi vistoriado por todos, simplesmente queremos que exerça os nossos diretos... Esperamos um entendimento entre ambas as parte, nosso povo anseia pelos recursos reivindicados”, realçou Amazonildo.
A Energética Águas da Pedra (EAPSA), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE) Dardanelos, de 261 MW, localizada em Aripuanã, no Estado do Mato Grosso, informa que retomou sua operação normal hoje, 24 de novembro, às 14:00 horas, após a desocupação das suas instalações por indígenas das etnias Araras e Cinta Larga.
A usina estava ocupada desde a madrugada do dia 21 de Novembro pelos indígenas, que reivindicavam à empresa ações compensatórias extraordinárias às medidas acordadas com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
Para garantir a integridade do empreendimento e de seus empregados, a EAPSA imediatamente acionou as autoridades locais e federais para as devidas providências e obteve na Justiça Federal de Cuiabá medida liminar de reintegração e manutenção de posse da usina, que determinou a saída imediata dos indígenas.
Fonte: Redação e foto: Top News
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