Fazendeiros voltaram a usar a técnica do correntão para desmatar em MT.
Código Florestal deve ser votado no Plenário do Senado na próxima semana.
Código Florestal deve ser votado no Plenário do Senado na próxima semana.
Ambientalistas e autoridades avaliaram que o desmatamento aumentou na Amazônia Legal, em especial, em Mato Grosso, no período em que o projeto do novo Código Florestal foi discutido Congresso Nacional. A Comissão de Meio Ambiente do Senado concluiu nesta quinta-feira (24) a votação da nova legislação ambiental. A proposta será votada pelo Plenário em regime de urgência na próxima semana e, caso seja aprovada, retorna à Câmara.
"Desmatamento desse tamanho a gente já não via há muito tempo na Amazônia”, comentou Tatiane Carvalho, ambientalista do Greenpeace. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso lidera a lista dos estados que mais desmataram, de janeiro a setembro deste ano. A devastação, apontou o Inpe, aumentou 70% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o gerente executivo do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Evandro Carlos Selva, os desmatadores voltaram a usar a técnica do chamado “correntão” que era costumeiramente utilizada na década de 1970 no estado, mas que passou a ser proibida. "Nestes enormes desmatamentos em Mato Grosso os infratores passaram a usar uma técnica que já estava abandonada. O correntão, uma corrente muito pesada que está amarrada entre dois tratores que entram na floresta e derrubam tudo que tem pela frente", comentou Carlos Selva.
"Desmatamento desse tamanho a gente já não via há muito tempo na Amazônia”, comentou Tatiane Carvalho, ambientalista do Greenpeace. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso lidera a lista dos estados que mais desmataram, de janeiro a setembro deste ano. A devastação, apontou o Inpe, aumentou 70% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o gerente executivo do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Evandro Carlos Selva, os desmatadores voltaram a usar a técnica do chamado “correntão” que era costumeiramente utilizada na década de 1970 no estado, mas que passou a ser proibida. "Nestes enormes desmatamentos em Mato Grosso os infratores passaram a usar uma técnica que já estava abandonada. O correntão, uma corrente muito pesada que está amarrada entre dois tratores que entram na floresta e derrubam tudo que tem pela frente", comentou Carlos Selva.
No município de Nova Ubiratã, a 506 km de Cuiabá, segundo o Ibama, foram registrados os maiores desmatamentos do estado. Só um fazendeiro é acusado de desmatar ilegalmente mais cinco áreas, que somam seis mil hectares. Ele já foi multado pelo Ibama em R$ 20 milhões. Seis dos dez maiores desmatamentos no estado estão em nome do fazendeiro do Panará. Todos os desmatamentos ilegais foram feitos por correntes gigantes puxadas por tratores para acabar com a vegetação.
Integrantes do Greenpeace constataram durante um sobrevoo na área de desmatamento em Mato Grosso que os infratores não pouparam nem as nascentes e as margens dos rios, áreas de preservação permanente. Em algumas propriedades, a faixa de floresta que deveria ser mantida como reserva legal desapareceu. Desde a constatação dos maiores desmatamentos, o Ibama passou a recolher tratores e caminhões encontrados nas propriedades para evitar que a ação ilegal seja retomada longe dos olhos da fiscalização.
Do G1 MT com informações do Jornal Nacional
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