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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Associação de Mulheres Agricultoras vence prêmio de Tecnologia Social

Redação 24horas 
A Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia – AMCA foi a vencedora na categoria “Participação de Mulheres na Gestão de Tecnologia Social” da sexta edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, realizada na última terça-feira (22/11) em Brasília (DF). A associação, única entidade de Mato Grosso finalista no prêmio, inscreveu a tecnologia “Mulheres da Amazônia - Conservação da Biodiversidade e Geração de Renda”, que une estratégias de conservação da biodiversidade, geração de trabalho e renda.
 
Em pouco menos de dois anos de funcionamento, a AMCA já envolve cerca de 90 agricultoras do Assentamento Vale do Amanhecer, em Juruena. Cada agricultora possui uma renda média de 800 reais mensais beneficiando, entre outros produtos, castanha-do-Brasil e produzindo biscoito de castanha. Os produtos são vendidos principalmente à CONAB por meio do seu Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que distribui os alimentos em escolas públicas da região Noroeste de Mato Grosso. Parte da castanha produzida é coletada diretamente na reserva legal coletiva do assentamento e outra parte é comprada de outros extrativistas da região, sobretudo de comunidades indígenas.
 
Lucinéia Machado, idealizadora da tecnologia, destacou na cerimônia do prêmio a mudança na qualidade de vida das agricultoras, que estão contribuindo substancialmente na renda das famílias do assentamento, além de incentivar a conservação da floresta em pé. Lucinéia destacou também o apoio do projeto Poço de Carbono Juruena, executado pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (Aderjur) e patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental. O projeto ajudou o grupo de mulheres, por exemplo, a estabelecer contratos de comercialização de produtos.
 
A presidente da AMCA, Inês Candioto, declarou que receber o prêmio no valor de 80 mil reais foi emocionante: “É um sentimento que não tem explicação, é um grande reconhecimento ao grupo de mulheres e um benefício para Juruena também”, destacou. “Com esse prêmio, a nossa prioridade é a construção da sede da AMCA, pois hoje estamos num local cedido pela associação de moradores do assentamento, e com a sede vamos poder ampliar nossas atividades e ter mais mulheres trabalhando com a gente”, explicou.
 
Leonilda Grassi, uma das principais articuladoras da associação e que assim como dona Inês viajou pela primeira vez de avião e conheceu a capital federal, afirmou que com o prêmio a vida das agricultoras do assentamento vai melhorar muito. “Vamos poder fazer mais coisas e isso vai melhorar nossa produção, nossa renda, e com a experiência que tivemos em Brasília nossa visão vai ser muito mais a frente. Um novo mundo está se abrindo pra nós”, finalizou.
 
Prêmio FBB
 
O Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social foi criado em 2001 com a finalidade de reconhecer iniciativas e soluções sociais que ajudem a minimizar impactos socioambientais e econômicos e que possam ser replicadas em outras regiões do país. Para esta edição foram inscritos 1.116 projetos dos quais foram selecionados 27 projetos divididos em nove categorias.
 
Para Jorge Streit, presidente da Fundação Banco do Brasil, o prêmio, que acontece de dois em dois anos, é um divisor de águas na vida das instituições. Para ele, além dos recursos financeiros que os projetos vencedores recebem, a visibilidade das instituições finalistas garante mais facilidade na obtenção de novos patrocínios para o desenvolvimento de suas ações. Cada um dos 27 finalistas ganhou um folder e um vídeo exclusivo da iniciativa, produzido pela própria Fundação do Brasil, como forma de ajudar na visibilidade das entidades que desenvolvem os projetos.

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