No decorrer da Operação Custódia Juína V, entre os meses de outubro e novembro, fiscais do IBAMA aplicaram 2,6 milhões de reais em multas em madeireiras e desmatamentos ilegais nas regiões conhecidas como Guatá e Guariba, município de Colniza-MT.
Segundo o coordenador da operação, Rodrigo Calazans, do total de multas, 1,4 milhão de reais foi aplicado em desmatamentos ilegais e outros 1,2 milhão em cinco empresas madeireiras – sendo duas autuadas por diferenças no saldo de estoque, duas por estar exercendo as atividades sem licenciamento ambiental e uma por desobedecer a embargo. Três madeireiras foram embargadas e lacradas, sendo ainda apreendidos 2.533 m³ de madeira em toros e 470 m³ de madeira serrada.
A região do Guatá, no extremo noroeste do Estado de Mato Grosso, faz divisa com os estados de Rondônia e Amazonas. É uma região com grande pressão ambiental, sobretudo relacionada à extração ilegal de madeiras, as quais são extraídas nos estados do Amazonas e de Mato Grosso e transportadas e industrializadas, na sua maioria, em Rondônia.
Fiscalização do IBAMA em serraria
O IBAMA alerta que as áreas detectadas com desmates ilegais e onde não foram encontrados moradores, continuarão sendo monitoradas, via satélite, pela unidade de Aripuanã.
De forma geral, uma limpeza de área e o uso de fogo em queima controlada são permitidos, desde que se tenha autorização, que é emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA). Hoje, para se iniciar o processo de regularização ambiental em nossa região, o produtor tem a ferramenta do Cadastro Ambiental Rural (CAR), onde não há necessidade de escritura do imóvel, afirma Calazans.
O IBAMA de Aripuanã lembra, ainda, que a principal forma de monitoramento de desmate é através do uso de imagem de satélite e que a tentativa de deixar uma faixa de mata para esconder o desmate não funciona para ludibriar este sistema. A extração seletiva também vem sendo monitorada via satélite, e vários flagrantes de extração ilegal foram registrados em 2011 e autuados pelo IBAMA.
Fonte: Top News com IBAMA de Aripuanã
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