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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Projeto da Bunge vai gerar créditos de carbono e renda ao produtor que preserva


parque estadual tucum? em colniza
Parque Estadual Tucumã, em Colniza/Foto: Divulgação

Segundo a empresa, o projeto, a princípio, terá duração de 30 anos e evitará uma emissão total da ordem de 30 milhões de toneladas de CO², ou cerca de 1 milhão de toneladas de CO² por ano. A iniciativa baseada no mecanismo Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação)



A Bunge Brasil, uma das principais empresas de agronegócios e alimentação que atuam no país, promete lançar um projeto de Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) no segundo semestre de 2012, em uma área localizada no município de Colniza, ao Norte do Mato Grosso. A iniciativa será executada pela Florestal Santa Maria em parceria com a Bunge, por meio da divisão Bunge Environmental Markets (BEM).
Com o projeto, a Bunge pretende gerar créditos de carbono em uma área de floresta nativa no bioma amazônico, situada em propriedade privada. Até então, a maior parte dos créditos de carbono florestais eram provenientes de áreas públicas ou de florestas plantadas.
A ação aplica-se às emissões evitadas pela manutenção da floresta nativa em pé, iniciando uma nova fase na geração de créditos de carbono no país, com a valorização real desta vegetação. Os créditos de carbono têm valor comercial e podem gerar recursos financeiros significativos, representando um verdadeiro impulso na Economia Verde, que é o principal tema da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), que começa nesta quarta-feira, 13 de junho, no Rio de Janeiro.
A preservação da mata permite a geração de créditos de carbono e a criação de novos postos de trabalho na região. “Esta iniciativa materializa o valor da manutenção da vegetação nativa, da preservação de biomas e do manejo sustentável da floresta”, destacou Adalgiso Telles, diretor de assuntos corporativos e sustentabilidade da Bunge Brasil.
“O foco em sustentabilidade, além de todos os benefícios nas áreas socioambientais, permite também viabilizar retornos financeiros com base nos princípios preconizados pela economia verde. Iniciativas dessa natureza é que podem, efetivamente, garantir resultados sustentáveis em longo prazo” - Adalgiso Telles.
Segundo a empresa, o projeto, a princípio, terá duração de 30 anos e evitará uma emissão total da ordem de 30 milhões de toneladas de CO², ou cerca de 1 milhão de toneladas de CO² por ano. Além de aplicar seu conhecimento técnico, a Bunge também firmou um compromisso de compra de parte dos créditos de carbono, permitindo a negociação antecipada. “Os acionistas da Florestal Santa Maria se sentiram ainda mais motivados a realizar o projeto, em função do suporte técnico especializado e do compromisso de compra efetivados pela Bunge Environmental Markets”, afirmou Telles.
A Bunge, que atua na cadeia de alimentos, do campo à mesa do consumidor, possui uma plataforma global na qual um de seus quatro pilares trata de emissões e dos seus efeitos nas mudanças climáticas. A empresa afirma ter sua matriz energética no Brasil com mais de 90% de fontes renováveis e vislumbra que, até 2016, sua produção de bioenergia gerará eletricidade equivalente ao consumo de uma cidade de 4 milhões de habitantes. 
Em 2011, projetos da multinacional no mercado de carbono no Brasil possibilitaram créditos comercializáveis, que ultrapassaram em 20% as próprias emissões da empresa no país. 

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