PSD de Riva quer Secopa, Transporte e Carlão na Seduc; PT fica com Saúde
Deputado José Riva exerce forte influência sob o governador Silval Barbosa e deve reconduzir PSD ao primeiro escalão
O presidente da Assembleia, deputado José Riva, se tornou um homem-forte do governo Silval Barbosa, mesmo apresentando críticas pontuais à administração e, em alguns momentos, até entrando em rota de colisão com o Palácio Paiaguás.
Para se ter ideia, o próprio chefe do Executivo aproveitou a sede do PSD pela reinserção no quadro de secretários e está disposto a fazer trocas e remanejamentos, especialmente para atender a legenda recém-criada, que se tornou a maior do Estado em número de ocupantes de cargos eletivos - o PSD possui 50 prefeitos, mais de 300 vereadores, 4 deputados estaduais e 2 federais.
Entre as possibilidades estão a de nomear o deputado José Domingos na pasta de Transporte e Pavimentação Urbana, o conselheiro aposentado do TCE Alencar Soares na Secopa e o ex-deputado Carlos Carlão do Nascimento na Educação. No caso da Seduc, hoje sob o médico Ságuas Moraes, o PT passaria a cuidar da secretaria de Saúde, dentro da lógica que foi discutida no início do governo Silval e abortada depois, que seria de haver verticalização conforme a conjuntura nacional. Antes, era o PMDB quem cuidava do Ministério da Saúde. Depois, a área ficou com o PT, sob o ministro Alexandre Padilha. Por isso, o governador mato-grossense estuda essa hipótese de Ságuas sair da Educação e assumir a Saúde, numa sintonia com o governo da presidente Dilma Rousseff.
Uma vez concretizada esse remanejamento, o PSD emplacaria Carlão na Seduc, a maior e mais cobiçada das 24 secretarias. Carlão já foi secretário de Educação, tanto do Estado, na época do governo Dante de Oliveira, quanto de Cuiabá, então sob Wilson Santos. Era do PSDB e em 2011 migrou para o PSD, a convite de Riva. Nas discussões internas, o deputado federal Eliene Lima sugeriu o nome do professor João Vicente à Seduc, mas a cúpula tem preferência pela indicação de Carlão.
Silval ficou de dar uma resposta ao PSD na próxima semana. É provável que o partido consiga ao menos 2 pastas, que hoje estão sob o PR, detentor do controle de 6 secretarias. O governador ampliou a conversa com as legendas para evitar conflitos. Até há 2 meses, o PSD conduzia o Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, com o próprio Zé Domingos, o Cepromat, sob Wilson Dentinho, e a Ciência e Tecnologia, por onde passou Eliene Lima. Numa decisão de cúpula, esses cargos foram entregues ao governo, sob argumento de que seria para dar liberdade ao governador na efetivação da reforma do secretariado. Agora, os sociais-democratas vão estar de volta e, pelo visto, com mais força, pois estão de olho em pastas com maiores estruturas e orçamentos.
Fonte: Romilson Dourado
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