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A campanha da fraternidade do ano de 2011 teve como tema central, “Fraternidade e vida no Planeta” e todos os anos são selecionados e apoiados projetos nas mais diferentes regiões do País. Pensando nisso o Grupo Matrixâ composto pelos integrantes: Roberval Costa, Daniel Silva, João Batista Leittner Junior e Cleiton Silvestrim, que vem se organizando desde o ano de 2009, escreveu um projeto denominado “Implementação da Cadeia Produtiva de Piscicultura em Tanques Redes”, projeto esse que visa à geração de emprego e renda através da criação de peixes dentro do Rio Juruena.
Após conhecimento da proposta, Dom Neri José Tondello Bispo da Diocese regional de Juína escreveu uma carta de apoio ao grupo, para que o mesmo pudesse pleitear tal recurso. Uma vez aprovado junto à comissão avaliadora em Brasilia-Distrito Federal, o Grupo entra na fase de execução da proposta, com a construção de uma base flutuante, que serve para vigia do empreendimento e guarda de materiais de trabalho e ração. Junto a essa flutuante estão dispostos (04) quatro tanques redes com capacidade de produção de (04) quatro mil quilos de peixe ano.
A atividade de piscicultura em tanques redes é uma alternativa de produção rural ou até mesmo urbana menos impactante do ponto de vista ambiental que as atividades de piscicultura convencional, pois não é necessário escavar buracos ao longo da propriedade, tampouco se altera o curso natural das Águas.
Para o pescador Roberval Costa o Projeto é a realização de um sonho, pois o mesmo vem tentando conseguir uma carteira de pescador profissional chegando a protocolar o pedido junto ao mutirão arco verde ocorrido na Cidade de Juruena, no ano de 2008, mas que até hoje não foi respondido, impossibilitando o mesmo de exercer sua profissão.
João Batista Junior é produtor rural e trabalha com gado leiteiro ele acredita que a atividade é uma alternativa importante para o Distrito. “De agora pra frente vou investir mais na atividade diz ele”.
Daniel da Silva vê a atividade como uma alternativa também para outros produtores. “Depois que o negócio estiver funcionando as pessoas vão se interessar e criar peixes também nas suas propriedades, afirma.”
Daniel da Silva vê a atividade como uma alternativa também para outros produtores. “Depois que o negócio estiver funcionando as pessoas vão se interessar e criar peixes também nas suas propriedades, afirma.”
Cleiton Silvestrim acredita que o empreendimento seja uma alternativa que pode abrir outras portas. “Penso eu que uma vez a proposta funcionando, vamos avançar no dialogo com os produtores e pretendemos ter futuramente nosso laboratório para produzir os alevinos a serem utilizados no projeto, uma mini unidade de filetagem para beneficiarmos a produção local e possivelmente uma fabrica de ração alternativa em parceria com os produtores rurais da região”.
Para nós da Igreja Católica, dentro da perspectiva da campanha da fraternidade 2011, este projeto representa uma pequena semente jogada na Água com a esperança de que se torne uma alternativa para os que acreditam no desenvolvimento equilibrado e sustentável. Além do mais é certeza de garantia, de que é possível construir a civilização do amor a partir de uma economia solidária “Dom Neri José Tondello - Bispo Diocesano de Juína-MT”.
A piscicultura quando bem realizada é uma das atividades que melhor alia a produtividade com a conservação do meio ambiente. É ainda apontada como uma das melhores alternativas para a manutenção do homem no campo, além de apresentar grande produção por hectare, auxilia na disponibilidade de alimentação de qualidade para uma população mundial crescente, pra mim o fato da comunidade ter se reunido e se organizado em um grupo coeso para o desenvolvimento de tal atividade é motivo de alegria. Sempre que tal fato ocorre de maneira concreta para o bem de todos, temos que auxiliar da melhor maneira possível. “Conclui Wagner Smermam – Biólogo, Mestre em Aqüicultura Técnico apoiador do Projeto.”
Para execução do projeto, o Grupo Matrixã também contou com a colaboração da Prefeitura Municipal de Juína, através da Secretaria de Agricultura Pecuária e Meio Ambiente, que disponibilizou um tanque rede ao grupo e também apoio técnico para elaboração e continuidade do projeto e colaborou com a construção da flutuante. Bem como o setor madeireiro que doou as madeiras para a construção da casa flutuante.
Por: Cleiton Silventrim
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