Foto: Divulgação
Livro de Lúcio Vaz revela nível de influência de certo tipo de empresário na política e rumos do país
A Máfia das Sanguessugas, encabeçada pela empresa Planam, de propriedade de Darci e Luiz Antonio Vedoin, com ajuda do deputado Nilton Capixaba (PTB), tramou o assassinato do jornalista Lúcio Vaz, autor do livro “Sanguessugas do Brasil”, recém-lançado.
A Planam foi primordial para a existência, sistematização e funcionamento de um esquema responsável por desviar um valor aproximado de R$ 10 milhões em compras indevidas de ambulâncias – por meio de emendas parlamentares – para serem supostamente distribuídas em cidades pequenas, notadamente nos Estados do Norte, como Rondônia, Acre e Roraima, no esquema nacionalmente conhecido como "Máfia das Sanguessugas" quando de sua apuração pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e demais órgãos de controle do governo.
Sem a participação direta do deputado Nilton Capixaba (PTB), de Rondônia, no entanto, dificilmente a quadrilha teria conseguido espalhar seus tentáculos para além daquele Estado. Foi o deputado quem percebeu que, ao invés de utilizar somente o dinheiro destinado à saúde pública de cada município, era possível multiplicar a subtração sistemática de dinheiro estatal por meio das emendas ao Orçamento da União.
As revelações fazem parte de uma série de reportagens iniciadas pelo jornalista gaúcho Lúcio Vaz para o jornal Correio Braziliense num já distante 2004, época em que outro escândalo ocupava a mídia do país: o mensalão do Governo Lula. Apesar do protagonismo cuiabano, o livro vai destrinchando elos iniciados no Congresso Nacional e que vão se espalhando Brasil adentro, sempre com os mesmos atores: políticos de um lado e técnicos do governo e empresários corruptos de outro.
O sistema de licitações brasileiro prova-se, dentro do livro, absolutamente útil a todo tipo de esquema. A única exigência é a participação de pelo menos dois funcionários dentro de cada autarquia, especificamente os responsáveis pela instituição, abertura, apresentação e fechamento de cartas-convite e concorrências.
Outra revelação chocante no trabalho de Vaz é a facilidade com que políticos e empresários mandam assassinar jornalistas dispostos a investigar os esquemas. Conversas gravadas pela PF revelam até mesmo certa displicência em um diálogo entre Vedoin e Capixaba, sobre a possibilidade de "mandar matar o cara lá", sendo "cara" o jornalista, autor do livro e causador das investigações.
Além do deputado e do empresário, faziam parte do esquema Aristóteles Gomes Leal Neto, Tereza Norma Rolim Félix, Bento José de Alencar, Francisco Rodrigues Pereira, Manoel Vilela de Medeiros, Maria Estela da Silva e Tabajara Montezuma Carvalho, todos denunciados pelo Ministério Público Federal de Mato Grosso em 2006.
A Planam foi primordial para a existência, sistematização e funcionamento de um esquema responsável por desviar um valor aproximado de R$ 10 milhões em compras indevidas de ambulâncias – por meio de emendas parlamentares – para serem supostamente distribuídas em cidades pequenas, notadamente nos Estados do Norte, como Rondônia, Acre e Roraima, no esquema nacionalmente conhecido como "Máfia das Sanguessugas" quando de sua apuração pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e demais órgãos de controle do governo.
Sem a participação direta do deputado Nilton Capixaba (PTB), de Rondônia, no entanto, dificilmente a quadrilha teria conseguido espalhar seus tentáculos para além daquele Estado. Foi o deputado quem percebeu que, ao invés de utilizar somente o dinheiro destinado à saúde pública de cada município, era possível multiplicar a subtração sistemática de dinheiro estatal por meio das emendas ao Orçamento da União.
As revelações fazem parte de uma série de reportagens iniciadas pelo jornalista gaúcho Lúcio Vaz para o jornal Correio Braziliense num já distante 2004, época em que outro escândalo ocupava a mídia do país: o mensalão do Governo Lula. Apesar do protagonismo cuiabano, o livro vai destrinchando elos iniciados no Congresso Nacional e que vão se espalhando Brasil adentro, sempre com os mesmos atores: políticos de um lado e técnicos do governo e empresários corruptos de outro.
O sistema de licitações brasileiro prova-se, dentro do livro, absolutamente útil a todo tipo de esquema. A única exigência é a participação de pelo menos dois funcionários dentro de cada autarquia, especificamente os responsáveis pela instituição, abertura, apresentação e fechamento de cartas-convite e concorrências.
Outra revelação chocante no trabalho de Vaz é a facilidade com que políticos e empresários mandam assassinar jornalistas dispostos a investigar os esquemas. Conversas gravadas pela PF revelam até mesmo certa displicência em um diálogo entre Vedoin e Capixaba, sobre a possibilidade de "mandar matar o cara lá", sendo "cara" o jornalista, autor do livro e causador das investigações.
Além do deputado e do empresário, faziam parte do esquema Aristóteles Gomes Leal Neto, Tereza Norma Rolim Félix, Bento José de Alencar, Francisco Rodrigues Pereira, Manoel Vilela de Medeiros, Maria Estela da Silva e Tabajara Montezuma Carvalho, todos denunciados pelo Ministério Público Federal de Mato Grosso em 2006.
Fonte: Rodivaldo Ribeiro - Especial para o Olhar Direto
Nenhum comentário:
Postar um comentário