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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Silval carrega desgaste por explosão de "bombas" criadas na gestão Blairo Maggi


Esquemas do maquinário, das cartas de crédito e da conta única surgiram no governo Blairo Maggi e explodiram na gestão Silval


O governador Silval Barbosa tem sido "bombardeado" de críticas por preferir carregar sobre os ombros bombas de efeito retardado, que foram criadas na gestão do aliado Blairo Maggi e que só vieram a explodir depois que o peemedebista assumiu o comando do Estado. Sem alarde, Silval, que era vice, se tornou titular a partir de abril de 2010 e depois conquistou a reeleição no primeiro turno, tem sido firme na tomada de providências, por mais que a oposição o classifique de "político light" e que demora para agir. Foi assim com os escândalos do maquinário, com as cartas de crédito, com o rombo na conta única e em relação aos contratos com a empreiteira Delta.

Assim que Silval tomou posse como governador, já se deparou com a descoberta de superfaturamento em mais de R$ 40 milhões na compra de 705 máquinas pesadas que foram distribuídas aos municípios dentro do programa "MT 100% Equipado". O esquema se deu no governo Maggi. Silval pediu que o caso fosse apurado. O escândalo derrubou os secretários Vilceu Marchetti (Infraestrutura) e Geraldo de Vitto (Agricultura).

Depois veio o rombo das cartas de créditos, com prejuízos de mais de R$ 250 milhões, num esquema que envolveu servidores estaduais, advogados e agentes políticos. Esse valor foi emitido a mais, através de fraudes, que consistia em acordos extrajudiciais. As irregularidades foram praticadas em 2008, quando Maggi estava no sexto ano do mandato. Silval, por sua vez, determinou a suspensão das cartas de créditos emitidas pelo Estado, pelo TCE e pelo Ministério Público. Mandou que fosse feita revisão e, enquanto isso, suspendeu emissão compensatória e pagamento de todas esses créditos pendentes de quitação junto aos servidores do Estado.

Surgiram ainda, a partir do governo Maggi, rombo na Conta Única do Estado e que resultou em várias prisões. Silval tem "segurado" os pepinos de administrações anteriores, num esforço e demonstração de companheirismo e fidelidade para não se indispor com o hoje senador. A cada confusão, o governador aciona o MP e a polícia e setores da administração, como as Procuradoria e Auditoria Geral, para investigar denúncias. No caso da Delta, que virou escândalo nacional por causa da relação com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o governo mato-grossense mandou fazer auditoria em todos os contratos.

Fonte: Romilson Dourado, RD News

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