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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

População abandona mais de 200 cães e gatos por mês no estado

Quando estão filhotes são fofos, amados e muitos até dormem com os donos. Bastam ficar doentes e velhos para os próprios donos virarem as costas e entregarem os seus bichinhos para a morte. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Rondonópolis recebe por mês entre 200 a 250 animais para eutanásia, uma morte rápida.

“Às vezes basta uma perna quebrada para o dono abandonar o animal. Muitos sequer levaram o animal a um veterinário e deixam o animal passar mais de 30 dias doentes. Muitos esperam que o Estado deva tratar o animal dele. É uma questão de educação. Os animais precisam de água, comida e cuidados”, comentou o médico veterinário do CCZ de Rondonópolis, Marcelo de Oliveira.

Muitos cães estão no “corredor da morte” do CCZ. Há todos tipos de raças, pitbull, rotweiller e vira-latas. Alguns estão com leishmaniose e como não tiveram cuidados o último passo para não prolongar o sofrimento do animal é a eutanásia. Outros cães aguardam a morte por estarem com as conseqüências da velhice, não latem, não enxergam e mal andam. “Quase todo dia encontramos animais amarrados no portão do CCZ e gatos colocados em sacolas”, disse Marcelo.

Dono da cadela Mel, Gilson Rodrigues chegou ao CCZ com o animal nos braços. Veio para entregá-la para o sacrifício. “Acho que ela esta com leishmaniose. A gente tem medo de passar para nós”, disse. Mesmo sendo orientado que, para ter certeza sobre a doença o cão precisa passar por exame, Gilson não pensou duas vezes antes de deixar Mel e ir embora sozinho.
De Rondonópolis - Débora Siqueira

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