Porto Alegre do Norte - Marcos Coutinho
Foto: Reprodução
Diante do que consideram descaso por parte das autoridades governamentais e do abandono institucional, lideranças do Vale do Araguaia, conhecido como o Vale dos Esquecidos, retomaram hoje as discussões sobre a divisão de Mato Grosso em mais dois Estados (Araguaia e Mato Grosso do Norte), a exemplo do movimento secessionista do Pará (onde a população vai decidir se cria ou não duas novas unidades federativas - Tapajós e Carajás).
O delicado tema foi debatido durante o 1º Fórum Dividir para Crescer, realizado durante toda a manhã deste sábado (3), na distante Porto Alegre do Norte (1.125km a nordeste de Cuiabá), que contou com a participação do presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PSD), e do deputado estadual Baiano Filho (PR).
Em uníssono, líderes políticos e empresariais defenderam a criação dos Estados de Mato Grosso do Norte e do Araguaia em áreas praticamente similares em termos de território por conta das tíbias políticas de investimentos do governo para ambas as regiões, sobretudo no setor de infra-estrutura.
Coordenador do Fórum, o jornalista Leandro Nascimento destacou que a região do Araguaia possui mais de um milhão de área produtiva, mas como há muitas dificuldades e uma logística precária, os empresários não disponibilizam recursos para a região.
“Desde 2003, estamos engajados nesta proposta de divisão, que enviamos aos 16 municípios do Araguaia. O sentimento de divisão é que seja criado, em princípio, o estado do Araguaia para que o Governo venha possa disponibilizar mais investimentos para nossa região mais”, justifica o jornalista.
O empresário rural Édio Brunetta apontou a necessidade de pavimentação da BR - 158 e que o sentimento de divisão vem da falta de investimentos em áreas essenciais e da distância que os municípios do Araguaia se encontram de Cuiabá, onde está localizada a administração do estado.
“Para se ter uma ideia, o contorno e nem os projetos da BR-158 estão prontos. O hospital regional também está carente e os repasses dos recursos para atender a área da saúde são insuficientes”, lamenta Brunetta, ressaltando que a ligação maior da região é com Goiânia, capital de Goiás.
Cético e ao mesmo tempo realista e crítico, Riva ressaltou que governo federal não tem vontade política e, na atual conjuntura, nem há viabilidade econômica para dividir Mato Grosso. O parlamentar diz ter um estudo, cujo conteúdo mostra que, economicamente, na distribuição do bolo de R$12 bilhões da receita de Mato Grosso, R$10 bilhões ficariam para Mato Grosso, R$ 800 milhões para o Araguaia e R$ 1,1 bilhão para Mato Grosso do Norte.
"Eu não sou contra a divisão, mas neste momento é inviável, pois nem pra criar municípios a União tem interesse. Para se ter uma ideia, até hoje Mato Grosso tem dinheiro para receber da época da divisão e criação de Mato Grosso do Sul”, explicou.
Segundo ele, o debate realizado é imprescindível para chamar à responsabilidade o governo estadual, pois a discussão aborda os investimentos na região e abre espaço para as lideranças políticas e a sociedade analisarem o papel do Estado. Para Riva, uma das saídas está na criação de incentivos regionais e mais presença do Executivo na região do Araguaia, apoiando os municípios que, em sua maioria, não tem condições de se manterem financeiramente.
“O Araguaia é uma região que pede socorro. O sentimento de divisão existe devido à ausência do Governo, sendo que a maior ausência é da União, pois estados e municípios dividem pobrezas”, apontou Riva, ao criticar a distribuição do bolo tributário e a ineficiência do Congresso Nacional de fazer as reformas necessárias.
O delicado tema foi debatido durante o 1º Fórum Dividir para Crescer, realizado durante toda a manhã deste sábado (3), na distante Porto Alegre do Norte (1.125km a nordeste de Cuiabá), que contou com a participação do presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PSD), e do deputado estadual Baiano Filho (PR).
Em uníssono, líderes políticos e empresariais defenderam a criação dos Estados de Mato Grosso do Norte e do Araguaia em áreas praticamente similares em termos de território por conta das tíbias políticas de investimentos do governo para ambas as regiões, sobretudo no setor de infra-estrutura.
Coordenador do Fórum, o jornalista Leandro Nascimento destacou que a região do Araguaia possui mais de um milhão de área produtiva, mas como há muitas dificuldades e uma logística precária, os empresários não disponibilizam recursos para a região.
“Desde 2003, estamos engajados nesta proposta de divisão, que enviamos aos 16 municípios do Araguaia. O sentimento de divisão é que seja criado, em princípio, o estado do Araguaia para que o Governo venha possa disponibilizar mais investimentos para nossa região mais”, justifica o jornalista.
O empresário rural Édio Brunetta apontou a necessidade de pavimentação da BR - 158 e que o sentimento de divisão vem da falta de investimentos em áreas essenciais e da distância que os municípios do Araguaia se encontram de Cuiabá, onde está localizada a administração do estado.
“Para se ter uma ideia, o contorno e nem os projetos da BR-158 estão prontos. O hospital regional também está carente e os repasses dos recursos para atender a área da saúde são insuficientes”, lamenta Brunetta, ressaltando que a ligação maior da região é com Goiânia, capital de Goiás.
Cético e ao mesmo tempo realista e crítico, Riva ressaltou que governo federal não tem vontade política e, na atual conjuntura, nem há viabilidade econômica para dividir Mato Grosso. O parlamentar diz ter um estudo, cujo conteúdo mostra que, economicamente, na distribuição do bolo de R$12 bilhões da receita de Mato Grosso, R$10 bilhões ficariam para Mato Grosso, R$ 800 milhões para o Araguaia e R$ 1,1 bilhão para Mato Grosso do Norte.
"Eu não sou contra a divisão, mas neste momento é inviável, pois nem pra criar municípios a União tem interesse. Para se ter uma ideia, até hoje Mato Grosso tem dinheiro para receber da época da divisão e criação de Mato Grosso do Sul”, explicou.
Segundo ele, o debate realizado é imprescindível para chamar à responsabilidade o governo estadual, pois a discussão aborda os investimentos na região e abre espaço para as lideranças políticas e a sociedade analisarem o papel do Estado. Para Riva, uma das saídas está na criação de incentivos regionais e mais presença do Executivo na região do Araguaia, apoiando os municípios que, em sua maioria, não tem condições de se manterem financeiramente.
“O Araguaia é uma região que pede socorro. O sentimento de divisão existe devido à ausência do Governo, sendo que a maior ausência é da União, pois estados e municípios dividem pobrezas”, apontou Riva, ao criticar a distribuição do bolo tributário e a ineficiência do Congresso Nacional de fazer as reformas necessárias.
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